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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

Pilotos rejeitam nova proposta e greve está mantida

Tripulantes recusam acordo; limitação imposta pelo TST não impedirá atraso em decolagens

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São Paulo

Os tripulantes aéreos decidiram neste domingo (18) manter a greve programada para esta segunda-feira (19).

A categoria rejeitou uma proposta apresentada pelo Snea (Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias) após negociação intermediada pelo vice-presidente do TST (Tribunal Superior do Trabalho), ministro Aloysio Corrêa da Veiga.

Com a decisão da categoria neste domingo, os atrasos nas decolagens programadas entre 6h e 8h nos aeroportos de Congonhas (São Paulo), Guarulhos, Galeão, Santos Dumont (ambos no Rio), Viracopos (Campinas), Porto Alegre, Fortaleza, Brasília e Confins (Belo Horizonte) estão mantidos.

Aeroporto do Galeão, no Rio, onde a greve dos tripulantes atrasaria os voos do início da manhã - Eduardo Anizelli-11.jul.22/Folhapress

Os aeronautas aprovaram na quinta (15) a realização de greve por tempo indeterminado a partir de segunda. A data coincide com a semana que antecede o Natal e, portanto, período de pico de viagens aéreas.

Na sexta, a ministra Maria Cristina Peduzzi, do TST, atendeu parcialmente um pedido das aéreas e determinou a manutenção de 90% do dos tripulantes seguissem na ativa. A leitura do sindicato dos aeronautas é a de que o desenho definido para a greve permite que ela continuasse, ao mesmo tempo que em a decisão seria cumprida.

Os tripulantes seguirão trabalhando e se apresentarão a seus postos de trabalho, mas atrasarão as decolagens do início da manhã. A estimativa do sindicato é de que os voos com partidas entre 6h e 8h representam de 1% a 2% dos tripulantes na ativa no horário.

Optaram por não aceitar a proposta do Snea 76,3% dos pilotos, copilotos e comissários de bordo que votaram. Ao todo, 5.767 votaram na assembleia online que teve início às 22h de sábado e terminou neste domingo, por volta de 15h.

A proposta apresentada pelo Snea no TST previa a renovação da atual convenção coletiva dos aeronautas, reajuste de salários e benefícios pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) mais 0,5% de ganho real (acima da inflação) e a inclusão de uma nova cláusula que autoriza os tripulantes a venderem voluntariamente algumas folgas.

Em transmissão realizada na tarde deste domingo, o presidente do SNA, Henrique Hacklaender, orientou os tripulantes a irem aos aerorportos, mesmo aqueles que não estão com decolagens agendadas para o início da manhã.

"Vai para o aeroporto, se reúne com os colegas que estiverem lá e, a partir daí ficamos no aeroporto até 8h da manhã", disse. "'Ah, mas minha decolagem é entre as 6h e as 7h'. Não tem problema, se reúne com seus colegas e fica lá em sinal de protesto a essa proposta que não condiz com o que foi solicitado", afirmou.

Hacklaender disse, na transmissão, que as empresas não aceitaram discutir regras para descanso, repouso e folgas dos tripulantes. "As empresas se negaram, nesse período todo, a atenderem minimamente isso e, por esse motivo, amanhã, sim, faremos uma paralisação."

O Snea representa Azul e Gol nas negociações. A Latam diz que discute o acordo coletivo diretamente com os tripulantes, mas, segundo sindicato, a greve engloba toda a categoria.

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