Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012
Empresas de capital aberto discutem posicionamento sobre caso Americanas
Receio é de contaminação do escândalo contábil sobre a imagem do mercado brasileiro
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Preocupadas com o efeito de contaminação que o escândalo contábil de R$ 20 bilhões da Americanas pode gerar sobre a imagem do mercado de capitais brasileiro, diretores de grandes empresas de capital aberto discutem se é necessário fazer um posicionamento conjunto sobre o caso.
O receio pela reputação do mercado extrapola o varejo e atinge outros setores. Qualquer posicionamento, no entanto, teria de ser feito depois do esclarecimento firme por parte da própria empresa e da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) com detalhes do ocorrido.
Ainda assim, seria uma manifestação genérica com recomendações de melhores práticas e controles, além de uma defesa do mercado brasileiro.
Nesta segunda (16), a S&P Global rebaixou a nota de crédito da Americanas de "B" (na escala global) e de "brA-" (na escala nacional Brasil) para "D", o que significa situação de default (calote).
A decisão veio depois que a varejista obteve uma liminar, na sexta (13), para se proteger por 30 dias contra vencimento antecipado de dívidas, prazo que poderá ser usado para buscar acordo com credores ou pedir recuperação judicial.
A Fitch também havia rebaixado a nota de crédito da Americanas, na escala global de "BB" para "CC", e de "AA+(bra)" para "CC(bra)" na escala nacional, dois níveis acima do patamar de inadimplência ("D").
Joana Cunha com Paulo Ricardo Martins e Diego Felix
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