Siga a folha

Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

Descrição de chapéu TSE

Faculdades privadas criticam MEC por possível ampliação de cursos de medicina em federais

Associação do setor diz que governo Lula vai priorizar institutos federais e prejudicar criação de cursos na rede particular

Assinantes podem enviar 5 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

São Paulo

Uma das principais entidades do ensino superior privado, a Abrafi (Associação Brasileira das Mantenedoras das Faculdades) criticou o MEC (Ministério da Educação) por pretender ampliar os cursos de medicina em universidades federais.

A avaliação é de que o governo vai inviabilizar a abertura de novas vagas em instituições pagas.

Fachada do Ministério da Educação, em Brasília - Pedro França - 27.jan.2023/Agência Senado

Na semana passada, o ministro do STF Gilmar Mendes determinou que os novos cursos devem acompanhar as regras do programa Mais Médicos, de 2013, seguindo o modelo de chamamentos públicos.

Esse sistema leva em conta critérios de infraestrutura e de localidade para, em tese, atender à falta de profissionais em determinadas situações e regiões.

Aproveitando a decisão, a Secretaria de Educação Superior (Sesu) do MEC pediu em um ofício circular que as universidades federais avaliem com urgência a ampliação do número de vagas ofertadas e a abertura de novos cursos.

A Abrafi afirma que a decisão do MEC inviabiliza a criação de novos cursos pagos porque haverá restrição à abertura de vagas no país.

O novo cálculo considera a proporção de cinco leitos na região de saúde analisada para uma nova vaga universitária. Dessa maneira, numa cidade com 100 leitos disponíveis, o MEC liberaria, no máximo, 20 novas vagas para novos cursos.

"É algo absurdo, na medida em que essa expansão buscada pela Sesu tende a inviabilizar os novos cursos privados. Importante que se diga que a Sesu propôs essa expansão sem um estudo de viabilidade técnica e sem apontar de onde virão os recursos para isso", disse Paulo Chanan, presidente da Abrafi.

"É público que a expansão de vagas e de cursos de medicina demandam investimentos elevadíssimos e compromissos normativos, especialmente na infraestrutura física, tecnológica e acadêmica."

Apesar da reclamação, a Abrafi afirma que ainda não avalia uma medida judicial para fazer valer seus interesses.

Procurado, o MEC não se manifestou.

Com Diego Felix

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas