Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012
Fundos sustentáveis enfrentam fuga de investidores
Puxados por forte queda da Warren, investimentos em empresas socioambientais perdem 34% dos cotistas
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Os fundos de investimentos sustentáveis (IS), atrelados a empresas engajadas com práticas socioambientais responsáveis, perderam 34% de seus cotistas nos últimos 12 meses.
Segundo a lista da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), os 55 fundos dessa categoria hoje possuem um patrimônio de R$ 5,2 bilhões.
A fuga de investidores foi puxada, principalmente, pela corretora e gestora Warren, cujo fundo Warren Green respondeu por 77% do êxodo no período.
Dos 7.589 cotistas que deixaram os fundos IS de setembro de 2022 a agosto deste ano, 5.844 eram cotistas da Warren.
A segunda maior queda foi de 39,4%, registrada por um fundo da Schroders, que perdeu 130 cotistas.
Em contrapartida, há casos em que foi registrado crescimento. O fundo IS do Bradesco saltou de 273 cotistas para 679, alta de 148%.
O movimento registrado pelos fundos IS em geral vai no sentido contrário ao do mercado em geral. Segundo a Anbima, o número de cotistas em fundos de investimentos subiu 12%.
Outro lado
A Warren diz que a pauta ESG enfrenta desafios sazonais e também sofre com a baixa no apetite ao risco causada por um cenário de juros altos, dado que boa parte desses fundos é atrelada à renda variável.
"Em relação ao Warren Green FIA, seguimos confiantes em sua estratégia, que desde o seu lançamento já acumula performance de 36,57% acima do Ibovespa", disse a empresa em nota.
A Schroders considera ser natural a oscilação do interesse dos investidores.
"Os fundos de investimento sustentável no Brasil estão dando os seus primeiros passos, devendo ganhar cada vez mais relevância", disse.
Com Diego Felix
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