Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012
Novo dono da Amil avalia repactuação de delação premiada
José Seripieri Filho, o Junior, quer concluir compra da rede de planos de saúde para rever valores e condições de acordo com PGR
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O empresário José Seripieri Filho, conhecido como Junior, avalia pedir uma revisão de sua delação premiada à Procuradoria-Geral da República (PGR) diante da recente decisão judicial que o absolveu de supostos crimes relacionados à campanha de José Serra ao Senado, em 2014.
O acordo de R$ 200 milhões, assinado com a Procuradoria-Geral da República (PGR), foi homologado pelo STF em novembro de 2020.
Junior é o fundador da Qualicorp, uma das gigantes dos seguros de saúde, criou a QSaúde, vendida posteriormente, e, em dezembro de 2023, sua oferta de R$ 11 bilhões pela Amil foi aceita pelos controladores, o UnitedHealth Group.
O empresário pretende concluir o negócio, que ainda precisa ser apreciado pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).
Para que uma tratativa não atrapalhe a outra, ele aguarda o desfecho no Cade para dar o pontapé nas conversas com a PGR.
Junior compara sua absolvição à do presidente Lula, que chegou a ser preso por acusações decorrentes da operação Lava Jato, mas teve seus processos anulados.
O empresário chegou a ser preso em julho de 2020 em uma operação da Polícia Federal por determinação da Justiça Eleitoral. Isso ocorreu devido a acusações de doações não contabilizadas de R$ 5 milhões para a campanha de José Serra (PSDB-SP) ao Senado. O empresário ficou quatro dias na prisão.
Em novembro, Serra, Junior e outros empresários se tornaram réus na Justiça Eleitoral em São Paulo.
Com Diego Felix
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