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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

Descrição de chapéu Governo Lula

UGT quer que governo reduza jornada de trabalho

Baixo interesse em vagas com remuneração mais baixa leva sindicatos a proporem turnos mais curtos para preencherem vagas

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São Paulo

O presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores), Ricardo Patah, vai propor nesta semana ao ministro do Trabalho, Luiz Marinho, redução na jornada de trabalho como forma de preencher vagas de salários mais baixos.

Com cargos exigindo cada vez mais capacidades, porém com um piso que não chega a R$ 2.000, a camada mais jovem de trabalhadores foge das vagas. Por isso, uma das ideias é a redução da jornada a fim de que o trabalhador possa ter tempo para buscar qualificação profissional.

"Ao mesmo tempo que não se tem procura em vagas simples, tem procura para vagas mais complexas e tecnológicas. Mas para isso é preciso capacitação, principalmente no setor de logística e tecnologia", disse Patah.

Com mais de 20 mil vagas disponíveis, mutirão nacional do emprego, na sede do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, teve baixíssima adesão - Folhapress

Há pouco mais de um mês, Marinho esteve em São Paulo para a abertura de um mutirão de empregos promovido pela UGT. Cerca de 20 mil vagas estavam disponíveis, mas menos de 3.000 pessoas se cadastraram para disputá-las.

Para Patah, o mutirão pode ser utilizado como termômetro e mostrou que, além da falta mão de obra qualificada, não há mais tanto interesse nas vagas, principalmente no setor de serviços.

"Nós estamos vivendo a fase do pleno emprego, a economia está crescendo, mas ainda falta mão de obra. Várias áreas estão sofrendo, na construção civil está uma loucura. É preciso uma resposta do empresariado", disse Patah.

"É o caso de ter vagas com um salário maior, talvez no começo ter a contratação de pessoas específicas para fim de semana, pessoas com mais idade que estariam dispostas a ocupar essas vagas, e aí o comerciário mais jovem teria pelo menos um ou dois fins de semana para ficar com a família", completou.

O sindicalista afirma que o empresariado está acomodado. Neste momento, diversos setores discutem com os sindicatos patronais os reajustes de salários e benefícios.

As discussões travam na recomposição salarial acima da inflação. Temas como vale-alimentação, cesta básica e assistência médica para todos sequer chegam a avançar entre os empresários.

Com Diego Felix

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