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Repórter especial da Folha, foi correspondente nos EUA. É vencedora do prêmio internacional de jornalismo Rei da Espanha.

Descrição de chapéu Governo Bolsonaro

Entrada do Brasil no 'clube dos ricos' da OCDE seria troféu ideal

Entrada na entidade daria sinalização perfeita para investidores estrangeiros

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José Àngel Gurria, secretário-geral da OCDE, durante evento em Paris - Eric Piermont - 21.nov.2018/AFP

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Nos anos Lula, o aparato diplomático se empenhou para angariar apoio para uma reforma do Conselho de Segurança da ONU e uma vaga permanente para o Brasil no órgão. Seria a forma de democratizar um dos principais órgãos multilaterais do mundo e atualizá-lo. Essas instituições refletem o mundo como era 70 anos atrás, no pós guerra, e não tem representação proporcional de potências emergentes como o Brasil e a Índia.

Foram várias gestões junto a muitos países. Mas não se chegou a lugar nenhum. O ex-presidente Barack Obama chegou a apoiar a entrada da Índia no Conselho de segurança. Mas sobre o Brasil, nunca houve nenhuma declaração mais assertiva.

Neste governo, a ideia é se juntar aos países ricos, de tradição judaico-cristã, e acabar com os pleitos típicos de emergentes ou aproximação sul-sul. Por isso, o acesso à OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) –que foi impulsionado durante o governo Temer– seria o troféu ideal.

Além de ser a admissão triunfal no clube dos ricos, a entrada na OCDE seria a sinalização perfeita para os investidores estrangeiros, já encantados com todos os gestos do superministro da Economia, Paulo Guedes.

Para entrar na OCDE, o Brasil teria de adequar várias de suas políticas macroeconômicas e regulações e rezar pela cartilha da ortodoxia fiscal. Esse processo de adequação já está avançado.

Ate hoje, os Estados Unidos têm resistido à entrada do Brasil, e, de forma geral, à ampliação da OCDE.

Mas a promessa brasileira de transferir sua embaixada em Israel para Jerusalém, além de alinhamento em votos na ONU, seria uma boa moeda de troca para conseguir o apoio americano à entrada do Brasil na OCDE. Em uma possível visita presidencial de Bolsonaro a Donald Trump, em março, seria a coroação da aproximação entre os dois países.

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