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Humorista e cartunista, um dos criadores do Casseta & Planeta. É autor de “A Arte de Zoar”.

A ascensão do jazzismo

Líderes do movimento assumem viés ideológico e suingológico

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Sempre que tenho um tempinho sobrando, dou uma olhada no grupo de WhatsApp da AALCRF (Associação dos Amigos e Leitores da Coluna do Reinaldo Figueiredo).

Percebi que agora eles estão mobilizados para ampliar as bases do jazzismo, um movimento social e popular criado pela Dona Neusa, uma das fundadoras da AALCRF. Esta senhora é uma militante obstinada e, em pouco tempo, já conseguiu reunir muitos adeptos para a causa. Sua esperança é que, nas próximas eleições, eles já tenham um partido organizado, capaz de tomar o poder para transformar o Brasil numa república jazzocrática, na qual não haverá ideologia de gênero musical. O sistema seria baseado na liberdade total de criação e improvisação.

Uma das ilustrações da cartilha do jazzismo, mostrando o modo correto de sacar e empunhar o saxofone - Reinaldo Figueiredo

Dona Neusa está contando com a ajuda do seu sobrinho, um rapaz que mexe com internet, vídeo, Photoshop, redes sociais, essa parada toda.

Ela pediu para o garoto produzir uma cartilha, que seria disponibilizada também em formato digital online, para divulgar uma campanha pela flexibilização da posse e do porte de instrumentos musicais, com a finalidade de tocar jazz, cool jazz, bebop, samba-jazz ou qualquer outro estilo jazzístico.

Bastaria o interessado preencher um formulário dizendo que sente uma necessidade premente de se expressar por meio dessa forma artística e, feito isso, ele teria a permissão para sair por aí tocando jazz usando o seu instrumento musical.

Mas, segundo a Dona Neusa, é claro que deveria haver algum tipo de regulamentação. Por exemplo, só cidadãos credenciados teriam permissão para fazer solos de saxofone com mais de 40 minutos de duração, no estilo John Coltrane.

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