Siga a folha

Jornalista e apresentador do programa 'Contraponto' na rádio Trianon de São Paulo (AM 740), foi presidente da EBC (Empresa Brasil de Comunicação).

Bandoleiros travam duelo em CPI

Governo Bolsonaro derrete diante da debandada

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

O Brasil não é para amadores (ou principiantes), disse o inesquecível Tom Jobim. Acrescentemos: nem para bandoleiros.

Hoje vemos o país entregue a criminosos amadores, mas furiosos. A CPI da Covid, que provavelmente não vai dar em nada, tem tido ao menos uma serventia. Exibir a que ponto se chegou a degradação das instituições supostamente democráticas.

Nunca assisti a um tribunal do PCC. Mas não deve ser algo muito diferente. Com as exceções de praxe, bandidos, cúmplices, mentirosos desfilam pelo plenário do Senado com a cara lavada. O depoimento do tal Fabio Wajngarten foi o êxtase.

Wajngarten posava de todo poderoso quando na chefia da Secom. De um lado do balcão, negociava a venda de patrocínios publicitários governamentais. De outro lado, era quem comprava os patrocínios por meio de sua empresa. Ganhava dos dois lados ao mesmo tempo em que humilhava jornalistas.

Expelido do cargo público, nesta quarta (12) apareceu como cordeiro. Revelou-se como sempre foi: um mentiroso profissional. Deu uma entrevista explosiva e agora tentou desmentir o que disse. Confrontado com suas próprias palavras gravadas, engoliu seco com medo de sair algemado.

No desespero para salvar um governo aos pedaços, o filho do capitão expulso do Exército que assaltou o Planalto desceu ao nível habitual. Chamou o relator Renan Calheiros de “vagabundo”. Barraco geral. Nenhum dos dois tem credenciais para se defender.

Flávio Bolsonaro é sabidamente um dos mentores das rachadinhas que roubaram dinheiro público para abastecer a famiglia. É um delinquente protegido por um Judiciário servil.

Renan Calheiros, entre outras acusações, foi pilhado em flagrante quando se descobriu que uma empreiteira sustentava uma de suas amantes. Como andam os processos? Pergunte-se a José Toffoli, outro que atualmente voltou ao olho do furacão.

Enquanto isso, mais de 2.000 brasileiros morrem diariamente pela falta de vacinas, indigência governamental e descaso diante de uma pandemia mortal.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas