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Viajante, empreendedor digital especializado em gestão de projetos e futuro recordista mundial ao visitar os 196 países do mundo

Descrição de chapéu África

Camarões é um país cheio de curiosidades e encantos

Dentre todas as nações africanas, é uma das que têm maior diversidade cultural

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Esta semana venho dividir um pouco da minha estadia em Camarões, um país repleto de história, cultura e paisagens que eu não imaginava encontrar. A partir da chegada dos portugueses à costa do país, no século 15, deu-se o nome de "camarões" para a área. Posteriormente eu me senti transportado para aquela época, uma vez que eu provei dos grandes camarões e entendi o porquê da homenagem!

Eu cheguei à noite em Douala, a capital econômica do país. O aeroporto era pequeno, o clima estava úmido e os mosquitos estavam por toda parte. No dia seguinte, visitei uma bela praia do oceano Atlântico e vi pescadores realizando o comércio de peixes, caranguejos e, é claro, de camarões.

O interessante foi que, após comprar os frutos do mar, era possível ir a algum estabelecimento para grelhá-los a fim de matar a própria fome se necessário. Sem talheres à vista, meu primeiro choque cultural veio quando percebi que as pessoas comiam com as mãos. Como acompanhamento, eles servem um alimento semelhante ao arroz chamado "fufu", que mesmo não me agradando muito, valeu a pena ser degustado.

Posteriormente eu segui para Foumban, cidade onde havia o chamado Palácio Real de Foumban. Ali me deparei com informações sobre Ibrahim Njoya e passei a saber que foi ele quem teria inventado a escrita bamum e a língua artificial shümom. E

u tive a oportunidade de visitar uma tribo descendente do rei Njoya e, por causa disso, viajei por seis horas floresta adentro com um amigo e uma pessoa que estava nos guiando. Quando chegamos ao local, os jovens da tribo ficaram especialmente curiosos com este meu amigo, uma vez que ele tinha traços europeus em sua fisionomia.

Era uma mescla de espanto e novidade, e ainda com aquele toque de gentileza que somente as crianças possuem. Tocavam no cabelo dele, e ele não se incomodou por elas estarem sem roupas. Como sempre, eu pude experimentar um pouco da gastronomia local e não me arrependi de ter comido uma ameixa africana seguida de uma banana-da-terra frita.

Quanto ao país, ele é considerado subdesenvolvido. As estradas são majoritariamente lamacentas, e a pouca sinalização dificulta um pouco a vida dos turistas. Embora haja riqueza em recursos naturais por ali, Camarões também abriga um povo economicamente pobre. Tanto que tive dificuldade quando eu saí pelas ruas para gravar conteúdo, porque muitas pessoas se aproveitavam disso para reivindicar dinheiro por causa do que chamavam de direito de imagem delas. No entanto, nada disso fez com que a viagem fosse incômoda.

Aliás, um dos pontos altos para mim foi ter conhecido o santuário de chimpanzés. Com certeza recomendo para quem tem apreço por primatas porque foi fascinante observar a socialização entre eles!

Visitar Camarões, como um todo, foi uma experiência completamente diferente, especialmente por conhecer uma tribo que vive quase como as pessoas viviam há 400 anos.

Eu gostei de ver a convivência harmônica entre muçulmanas e católicos, bem como gostei de ter visto o país sendo lar de mais de 250 línguas nativas. Essa diversidade linguística acrescenta muito à riqueza cultural já existente, e dita uma experiência fora da zona de conforto.

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