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Jornalista, foi secretário de Redação da Folha, editor de Cotidiano e da coluna Painel e repórter especial.

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Celulares do Maksoud Plaza são cortados por falta de pagamento

Hotel pediu recuperação judicial em razão de dificuldades para pagar dívidas que superam os R$ 80 milhões

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A Embratel cortou as linhas de celulares do hotel Maksoud Plaza, em São Paulo, símbolo de luxo e sofisticação nos anos 80 e 90, mas que enfrenta dificuldades econômicas. A suspensão das linhas ocorreu em decorrência do não pagamento de uma conta de cerca de R$ 1.400,00.

Fundado em 1979 e considerado por muito tempo como o principal hotel de São Paulo, o Maksoud pediu recuperação judicial em setembro em razão de dificuldades para pagar dívidas que superam os R$ 80 milhões.

Recuperação judicial é um mecanismo legal pelo qual uma empresa que não consegue pagar seus credores solicita à Justiça um fôlego para tentar evitar a falência.

A partir do pedido, as ações e execuções de cobrança são suspensas por 180 dias. A empresa tem, então, de apresentar um plano de pagamento, que precisa ser aprovado por uma assembleia de credores. Se a proposta não é aceita, a quebra é decretada.

O Maksoud disse à Justiça que está impedida de pagar os R$ 1.400 da conta de celular pelo fato dessa dívida estar incluída na recuperação judicial. Se fizesse o pagamento, afirmou, estaria cometendo crime de favorecimento de credores.

O hotel havia previamente alertado a Justiça sobre o risco do corte das linhas. Em petição na qual afirmou tratar-se de um serviço essencial para o seu funcionamento, o hotel solicitou que a Justiça impedisse o desligamento dos celulares. Não houve resposta, no entanto. Um novo pedido foi protocolado para que as linhas sejam restabelecidas.

O Maksoud Plaza, que no seu auge recebeu personalidades como a ex-primeira-ministra britânica Margaret Thatcher e os integrantes dos Rolling Stones e Guns N’Roses, começou entrar em crise ainda nos anos 90 quando tentou se expandir. Iniciou, à época, a construção de unidades em Manaus e Bauru, mas que ainda hoje não saíram do papel.

O hotel passava nos últimos anos por um período de reestruturação, mas a pandemia do coronavírus foi decisiva para o pedido de recuperação judicial. Em setembro, quando o Maksoud foi reaberto após a quarentena, a taxa de ocupação era de apenas 3%. O hotel já demitiu 153 dos seus 316 funcionários.

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