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Jornalista e escritor, autor das biografias de Carmen Miranda, Garrincha e Nelson Rodrigues, é membro da Academia Brasileira de Letras.

Meus influencers favoritos

Homens e mulheres que me influenciaram e que segui pela vida afora

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Raro o dia em que não leio sobre algum famoso influencer em evidência por qualquer coisa importante. Já sei, só nesta frase há quatro pleonasmos. Se é influencer é porque deve ser famoso e, se está em evidência, é porque disse ou fez algo importante.

Mas não será assim o maravilhoso mundo dos influencers? E todos com três ou mais milhões de seguidores. Ao saber disso, pergunto-me vexadíssimo: por que não sou um desses milhões e não sigo um influencer?

Digo influencer no masculino, mas são, em grande maioria, mulheres. E que mulheres! Regulamentarmente louras, com quilômetros de cabelo, grandes beiços, dentes escovados com Omo, cinturas simbólicas, peitos mansfieldianos, bundas infladas e nomes como Karyne ou Thayanna. Não duvido que sejam seguidas o dia inteiro, tanto por rapazes sarados quanto por velhos ofegantes, mas não devem ser esses os seguidores que elas influenciam. Imagino que sua influência seja uma coisa mais platônica, conselheiral, quase filosófica.

Bem, se é assim, eu também já tive meus influencers e fui um ávido seguidor do que eles diziam, faziam, escreviam ou pensavam. Eram jornalistas e escritores como José Lino Grünewald, Carlos Heitor Cony, Ronaldo Bôscoli, Millôr Fernandes, Paulo Francis, Ivan Lessa, Telmo Martino. Aprendi muito ao privar com eles, alguns durante anos e em bases diárias. E, entre outros com quem trabalhei e aprendi, o caricaturista Alvarus, o escritor Marcos Santarrita, o repórter Fernando Pessoa Ferreira. Todos já morreram e todos souberam quanto me influenciaram. Sem falar nos que ainda estão entre nós e que continuo seguindo.

Tive a sorte de ser influenciado também por grandes mulheres: amigas ou colegas como Danuza Leão, Germana de Lamare e Tuca Magalhães —lidas, cultas, maduras, habituadas a dinamitar tabus e de uma coragem que vi em poucos homens. E, embora nem precisassem, todas bonitas.

Ruy Castro e (à dir.) Ivan Lessa, no Rio, em 2006 - Heloisa Seixas

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