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Formado em jornalismo, começou a escrever na Folha em 2001. Passou por diversas editorias no jornal e atualmente assina o blog Copo Cheio, sobre o cenário cervejeiro, e uma coluna em Esporte

Round 38, versão 2023 (sem Jorge Sampaoli)

No ano passado, apenas seis técnicos conseguiram sobreviver às 38 rodadas

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"Batatinha assando, 1, 2, 3". Começou um dos campeonatos nacionais que mais degola técnicos no mundo. E a versão 2023 já tem dois desfalques antes mesmo do início.

Dos 20 times da Série A do Brasileiro, dois resolveram estrear sem um professor para chamar de seu. O Flamengo (sempre ele) não conseguiu o Jorge que queria (Jesus), não teve tempo para registrar na Carteira de Trabalho o Jorge que arrumou (Sampaoli) e acabou estreando com o Jorge que estava passando (Mário). Sampaoli, portanto, não estará no comando durante as 38 rodadas —mas vai estrear líder, com 3 pontos.

Melhor ainda fez o Goiás, que demitiu Guto Ferreira uma semana antes da estreia no Brasileiro —o clube sentiu sua honra maculada pela perda do estadual— e continua sem técnico. Um amigo comentou que estão esperando acabar o Turcão para anunciar o novo técnico. Maldade.

Neste ano começamos a corrida com oito forasteiros (mais o argentino Sampaoli, que entra na rodada dois), um a menos que em 2022 —mas se o querido leitor, ou a querida leitora, quiser considerar o nome de Sampaoli, aí empatamos com o ano passado.

Jorge Sampaoli é apresentado como novo técnico do Flamengo - Mauro Pimentel/AFP

Porém aumentamos a quantidade de portugueses, são seis: Abel Ferreira (Palmeiras), Ivo Vieira (Cuiabá), Luís Castro (Botafogo), Pedro Caixinha (Bragantino), Pepa (Cruzeiro) e Renato Paiva (Bahia). Os argentinos Eduardo Coudet (Atlético) e Juan Pablo Vojvoda (Fortaleza) completam o time internacional.

No ano passado, apenas seis professores conseguiram sobreviver às 38 rodadas, com vitória por 4 a 2 para os estrangeiros —seria 4 a 3, mas o Red Bull Bragantino demitiu Maurício Barbieri (hoje no Vasco) já nos acréscimos.

Da classe 2022, Abel, Castro e Vojvoda continuam no jogo em 2023. O luso Vítor Pereira, que completou as 38 rodadas pelo Corinthians, vai deixar saudade (se o Goiás tiver tratamento adequado para sogras, fica a dica).

Os dois brasileiros que foram até o fim sem perder o pescoço foram Rogério Ceni (São Paulo) e Dorival Jr. (que fez um mistão Ceará + Flamengo). Ceni continua firme e forte (ou não) no São Paulo. Dorival foi demitido do Flamengo após ganhar Libertadores e Copa do Brasil e pacificar o vestiário. Não pegou bem por lá. Com tantos feitos em 2022, Dorival está sem clube em 2023.

Talvez o número de degolas neste ano seja menor (sim, síndrome de Poliana). Não exatamente porque os dirigentes sejam mais profissionais, mas porque as multas rescisórias estão gigantes. E não é todo mundo que tem o orçamento generoso para demissões que o Flamengo tem (deve ser isso o que faz o "gerente de transição", que existe no clube do Rio).

No Atlético Mineiro, ficaram doidos para demitir Eduardo Coudet após uma entrevista da discórdia, na qual o treinador jogou merda no ventilador e ligou no máximo. Mas olharam o valor da multa e desistiram. Ainda assim, este escriba acredita que pelo menos um time que iniciou com treinador estrangeiro no comando vai cair neste ano. Não é secada, apenas proporção matemática.

Feito carioca

Moradores do Rio que foram à padaria na manhã de segunda querendo sacanear um coleguinha, se deram mal. Ninguém sacaneou ninguém. Nesta primeira rodada aconteceu um feito muito raro: os quatro grandes do Rio venceram seus jogos, com destaque para o Vasco, que conquistou três pontos contra o Atlético Mineiro fora de casa. Poucos conseguirão. Desde a 26ª rodada de 2018 que os quatro do Rio não venciam.

Frase para guardar

"A gente sabe que esse Campeonato Brasileiro é muito disputado. É um dos melhores campeonatos que têm no Brasil." (Alef Manga, atacante do Coritiba)

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