Siga a folha

Cronista esportivo, participou como jogador das Copas de 1966 e 1970. É formado em medicina.

Descrição de chapéu jornalismo

Eficiência e independência de jornalistas da Folha me impressionaram

Examinei e dei remédios para fotógrafo do jornal que estava com febre altíssima na Copa de 2002

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Desde 1999, há 22 anos, escrevo na Folha, às quartas e aos domingos no jornal impresso. Estive presente em alguns Mundiais. Impressionou-me como os jornalistas da Folha são eficientes e independentes. O Datafolha, com a introdução das estatísticas, trouxe uma evolução nas análises do futebol.

No Mundial de 2002, eu estava em Ulsan, na Coreia do Sul, acompanhando os treinos da seleção brasileira, antes da estreia. Eu e o fotógrafo Eduardo Knapp viajamos até Seul, para fazer a cobertura do jogo inaugural da Copa, entre França e Senegal.

Na manhã do jogo, Knapp apareceu com altíssima febre e dores na garganta. Examinei-o e dei a ele antibióticos e antitérmicos, que levara de casa. Pegamos o avião para Seul, passamos no hotel e fomos para o estádio. A febre subia e descia, com o medicamento.

No estádio, fiquei em cima, no lugar reservado à imprensa escrita, e Eduardo, no gramado. Chovia bastante. Eu olhava para o jogo e para ele. Várias vezes, Knapp ia para um canto, onde enviava fotos, pela internet, para o Brasil, uma grande novidade na época. Além da máquina fotográfica, com imensas lentes, ele tinha que carregar o computador. E ainda chovia.

Tostão examina a garganta do fotógrafo da Folha Eduardo Knapp na cobertura da Copa de 2002 - Juca Varella - 1º.jun.02/Folhapress

Logo após a partida, nos encontramos na sala de imprensa. Como havia muito mais jornalistas que postos de trabalho, ofereci meu lugar reservado a alguém, já que não usava o computador, sentei-me no chão, em um canto, onde escrevi minha coluna, à mão, como era habitual. Telefonei para Belo Horizonte, ditei o texto para uma pessoa que trabalhava comigo, e ele encaminhou à Folha.

No outro dia, pela manhã, continuava a febre de Knapp. Voltamos para Ulsan, e vi, no jornal, pela internet, meu texto e a belíssima foto do amigo. À tarde, a febre e os sintomas desapareceram. Fiquei aliviado e feliz.

Parabéns à Folha pelos 100 anos!

Página da Folha no dia 1º de junho de 2002, com a coluna de Tostão sobre a abertura da Copa do Mundo - Reprodução

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas