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Cronista esportivo, participou como jogador das Copas de 1966 e 1970. É formado em medicina.

Descrição de chapéu Copa do Mundo 2022

Há uma geração de jovens jogadores brilhantes na Europa

Por outro lado, Copa está perto e não vi evolução tática nas seleções do continente

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Nas duas primeiras rodadas das Eliminatórias Europeias para a Copa do Mundo de 2022, algumas fortes seleções tiveram mais dificuldades do que se esperava, contra adversários bastante inferiores.

A França estava preguiçosa. Se bobear, repete outras seleções da história, que foram campeãs do mundo e fracassaram no Mundial seguinte, como o Brasil, em 1966, a própria França, em 2002, a Itália, em 2010, a Espanha, em 2014, e a Alemanha, em 2018, sendo eliminadas ainda na primeira fase.

Uma das principais razões desses fracassos após o título foi a troca de gerações, a queda de qualidade. Não é o caso do atual time francês, pois quase todos os campeões do mundo continuam em forma, sendo destaques nos principais times europeus. A equipe atual da França é a mesma da Copa de 2018.

A nova geração de Portugal, tão badalada, que tirou o título de “nova geração” da Bélgica, que não é mais nova, possui vários jovens que brilham na Europa, como o zagueiro Rúben Dias, o lateral Cancelo e o meia Bernardo Silva, todos do Manchester City, além de Bruno Fernandes, do Manchester United, o único meia de ligação clássico, no estilo brasileiro, que é destaque na Europa, e mais os atacantes Diogo Jota, do Liverpool, e João Félix, do Atlético de Madrid. E ainda tem Cristiano Ronaldo.

A Inglaterra está evoluindo. Do meio para frente, há cinco jogadores muito bem: o centroavante Kane, do Tottenham, os meias-atacantes Sterling, do Manchester City, e Rashford, do Manchester United, além de dois jovens excelentes, Mount, do Chelsea, e Phil Foden, do Manchester City.

A Alemanha, que foi um fracasso em 2018, começa a formar um bom time, com um ótimo trio no meio-campo, formado pelos dois armadores do Bayern, Kimmich e Goretzka, além de Gündogan, do Manchester City. E ainda tem Toni Kroos de sobreaviso. No ataque, dois titulares do Bayern, Sané e Gnabry, além da revelação Kai Havertz, do Chelsea.

A Espanha mistura veteranos (Sergio Ramos, Jordi Alba e Busquets) com vários jovens muito bons de bola, como o meia Pedri, do Barcelona, Rodri, do Manchester City, além do brasileiro-espanhol Thiago Alcântara. Na Bélgica, Lukaku e De Bruyne continuam em grande forma. Porém, Hazard está sempre contundido no Real Madrid. Tite continua sonhando com De Bruyne.

Pedri (à esq), de apenas 18 anos e uma das promessas da Espanha, em partida contra a Georgia pelas Eliminatórias europeias para a Copa do Mundo - Irakli Gedenidze - 28.mar.21

Os times europeus não são mais apenas compradores de craques. Há uma grande e ótima geração de jovens brilhantes, que, cada vez mais cedo, diferentemente do passado, são titulares das grandes equipes. O interessante é que a maioria deles joga do meio para frente, o que também não era o mais comum.

Não vi nenhuma evolução tática nas seleções europeias, mas algumas já antigas estratégias ainda não chegaram ao Brasil. As equipes brasileiras continuam jogando com os zagueiros muito próximos à área, com muitos espaços entre eles e o meio-campo e entre o meio e o ataque.

Apesar de a maioria das pessoas exaltar a enorme qualidade dos jogadores brasileiros, espalhados em grande número pelo mundo, faltam mais craques na seleção. Fora Alisson, Marquinhos, Casemiro e Neymar, os titulares e reservas das outras posições são muito bons, mas não estão entre os melhores do mundo em suas funções.

O excepcional zagueiro Thiago Silva é dúvida sobre como vai estar na próxima Copa, por causa da idade. Mesmo assim, o Brasil continua sempre com boas chances de ser campeão, já que as outras seleções possuem também problemas.

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