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Cronista esportivo, participou como jogador das Copas de 1966 e 1970. É formado em medicina.

Descrição de chapéu Copa do Mundo 2022

Principais seleções europeias têm dificuldade de vencer as médias

Em todas as competições, equipes menores evoluíram no posicionamento defensivo e no contra-ataque

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A diferença entre o jogo do Brasil contra o Japão e o duelo com a Coreia do Sul foi a dura marcação dos japoneses, às vezes, com muitas faltas, especialmente em Neymar. Foi um bom teste. É o que vai ocorrer na Copa.

Tite usou, durante a partida, as opções táticas que pretende utilizar no Mundial. O time começou sem centroavante, com Neymar e Paquetá formando uma dupla pelo centro. Depois, Richarlison entrou, e Paquetá foi para a esquerda, no lugar de Vinicius Junior. Por fim, com a saída de Fred, Paquetá foi recuado. Continua a dúvida sobre a melhor alternativa tática. Tite usou também Militão como um zagueiro-lateral, pela direita, pensando em uma emergência na Copa do Mundo.

Nos últimos dias, com exceção de Portugal, que empatou com a Espanha e goleou a Suíça, as melhores seleções europeias foram mal. Tenho dúvidas se elas, que usam os amistosos para fazer experimentações, jogam a nova Liga das Nações como uma competição oficial e importante ou como amistosa.

A França, tida como favorita a vencer de novo a Copa do Mundo, foi derrotada pela Dinamarca na Liga das Nações - Franck Fife - 3.jun.22/AFP

As principais seleções europeias, cada vez mais, há tempos, têm dificuldade de vencer as seleções médias, mesmo em jogos importantes. A Croácia é vice-campeã mundial. A Itália não vai à Copa, e Portugal quase ficou fora. A França, na última Eurocopa, foi eliminada pela Suíça. Isso é um alerta para o Brasil, que, na fase de grupos, vai enfrentar duas seleções médias da Europa, Suíça e Sérvia.

Em todas as competições, as equipes médias e pequenas evoluíram no posicionamento defensivo e na execução dos contra-ataques. Com o tempo, tem aumentado a importância do jogo coletivo ou haveria uma aproximação na qualidade individual das equipes?

Há ainda outras situações invertidas, como a de times inferiores, na Europa e no Brasil, pressionarem e terem o domínio da bola contra os grandes, como fez o Fortaleza na vitória sobre o Flamengo, no Maracanã.

Existe também um excesso de jogos na Europa, o que só ocorria na América do Sul. De Bruyne reclamou, dias atrás, que há oito anos não tira férias completas. Os milionários têm comprado os clubes e espalhado as transmissões para os novos meios de comunicação. A maioria dos atletas gosta, porque ganha mais. Com isso, pioram a atuação dos jogadores e a qualidade das partidas.

Tite e a comissão técnica conhecem, nos detalhes, todos os adversários e já pensaram em todas as opções. O problema é quando surge um fato inesperado, um centroavante, como Lukaku, deslocado para a direita, acompanhado pelo zagueiro, deixando a defesa descoberta, para a chegada e finalização de De Bruyne, como na eliminação do Brasil na Copa de 2018.

A dificuldade de as equipes grandes ganharem das pequenas ocorre também no Brasileirão, neste ano ainda mais equilibrado. O que vai ocorrer daqui para a frente? Não sabemos. Só dá para conhecer o início e o fim. O caminho é nebuloso.

"Na partida, queremos ganhar o mundo. No fim, ter só a consciência em paz. Entre um ponto e outro, a história." (José Paulo Cavalcanti)

Na sexta-feira, dia 10, o advogado e escritor pernambucano José Paulo Cavalcanti toma posse na Academia Brasileira de Letras, no Rio de Janeiro. José Paulo, entre tantas atividades, foi membro da Comissão Nacional da Verdade, que investigou os crimes da ditadura a partir de 1964. Escreveu belos livros, como "Fernando Pessoa, quase uma Autobiografia", premiado no Brasil e em todo o mundo, sobre a vida e a obra do grande poeta português.

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