Coordenadora da Associação de Defesa Etnoambiental - Kanindé e do Movimento da Juventude Indígena de Rondônia
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Analistas políticos e cientistas discutem o futuro do mundo neste momento de emergência climática e conflitos políticos e de ideais. A humanidade está em guerra, dividida. A paz é necessária; a harmonia, quase utopia. É preciso cada vez mais fortalecer a democracia.
Em 2016, a primeira mulher brasileira a ser eleita democraticamente presidenta da República, Dilma Roussef, sofreu impeachment, num processo articulado pelo então deputado federal e presidente da Câmara, Eduardo Cunha —que veio a ser preso logo depois.
Michel Temer governou o país após o chamado golpe e depois de seu mandato também veio a ser preso. Em meio à guerra política, o deputado "de baixo clero" (palavras dele próprio) Jair Messias Bolsonaro articulou sua campanha para concorrer à Presidência.
Assim, o Brasil ficou por seis anos sob instabilidade política, com os interesses da iniciativa privada prevalecendo sobre os do país. Os crimes contra a vida aumentar ainda mais e nossas florestas foram ainda mais devastadas.
Claro que o maior golpe se deu na data da invasão deste território Pindorama e que quem sofreu foi o povo originário desta terra. Entretanto, no governo Bolsonaro, a violência foi fomentada de forma tenebrosa. Violentar se tornou uma campanha política e a democracia ficou à beira do fim.
Bolsonaro, investigado por crimes contra a democracia, por fraudar a carteira de vacina na pandemia de Covid, por roubo de joias e outros, hoje, sem nenhuma vergonha, chama ato em causa própria, tentando convencer pessoas a serem coniventes com seus ilícitos.
Enquanto isso, a Amazônia vive sob uma devastação sem precedentes. Já com o alerta do ponto de não retorno, esse bioma está perdendo a capacidade de se regenerar. O desmatamento se torna a herança mais cruel daquele desgoverno, acusado de praticar crimes contra a soberania do Estado democrático.
Um projeto de morte, anti-indígena e antiambientalista, estava sendo posto em prática durante o governo passado e deixou como herança coisas como o Movimento Invasão Zero, que, na Bahia, em um ataque, assassinou a pajé Nega Pataxó e deixou outros indígenas feridos.
O grupo vem realizando por conta própria, sem ordem judicial, o que chamam de "reintegrações de posse" em áreas ocupadas por indígenas e trabalhadores sem terra. Agem como milícias rurais, sem aval do Estado, ilegalmente. O mesmo vem ocorrendo em Rondônia e em Mato Grosso do Sul.
No Congresso, políticos ruralistas inspiraram-se no nome do grupo baiano e criaram a Frente Parlamentar Invasão Zero, cujo lançamento, em outubro de 2023 contou com a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro, do Partido Liberal.
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