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A coluna é assinada pelo jornalista Mauro Zafalon, formado em jornalismo e ciências sociais, com MBA em derivativos na USP.

Receita no campo sobe, mas renda se concentra em MT

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A forte demanda externa por produtos agrícolas, principalmente a da China, está dando suporte aos preços internacionais das commodities.

Esses preços externos, somados ao auxílio interno do câmbio, estão dando uma boa liquidez aos produtores agrícolas, em plena pandemia.

Mas há, cada vez mais, uma concentração dessa renda em poucos produtos. Neste ano, apenas soja e milho vão somar 52% de todo o Valor Bruto de Produção das lavouras no país.

Colheita de milho na fazenda Rio do Sangue, em Brasnorte (MT). - Mauro Zafalon - 10.jul.15/Folhapress

E cada vez mais há uma concentração dessa renda em poucos estados. Os produtores de Mato Grosso, que retiram a soja do campo, e logo em seguida plantam o milho, vão ficar com um terço de todo o valor da produção desses grãos do país.

Mato Grosso lidera a produção nacional de soja e de milho. O estado tem ainda a liderança na produção de algodão, que renderá mais R$ 28 bilhões neste ano.

O peso da soja e do milho na composição do valor bruto da produção nacional ocorre porque o país deverá obter safras elevadas e preços melhores para esses dois produtos.

A produção de soja, após ter caído para 115 milhões de toneladas no ano passado, deverá ficar próxima de 120 milhões neste. Além disso, o preço atual da saca está em R$ 106, com alta de 28% em relação ao de há um ano.

Os dados são do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), que indica boa evolução também nos valores do milho. Eles perderam força nas últimas semanas, mas ainda estão 27% acima dos de há um ano.

Os bons preços da soja, do milho e das carnes provocaram mudanças de cadeiras na liderança nacional do Valor Bruto de Produção.

São Paulo, que, dependendo da situação de mercado, é o estado com as maiores receitas, deverá cair para o terceiro posto neste ano. Mato Grosso liderará, somando R$ 124 bilhões, e o Paraná, com R$ 90 bilhões, terá o segundo posto.

Os mato-grossenses, além da liderança nacional em soja e milho, encabeçam a lista dos que ficam com os maiores valores de produção na cotonicultura e na bovinocultura.

O café também ignora a crise do coronavírus e ganha espaço na agricultura. As receitas internas deverão atingir R$ 28 bilhões neste ano, impulsionadas pela evolução de 28% no valor do café arábica.

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