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A coluna é assinada pelo jornalista Mauro Zafalon, formado em jornalismo e ciências sociais, com MBA em derivativos na USP.

Descrição de chapéu alimentação

Exportações agropecuárias começam aquecidas em janeiro

Os preços internacionais dos produtos, porém, continuam com forte queda

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O ano de 2024 começa com um ritmo aquecido nas exportações de commodities. Persiste, no entanto, um quadro de forte queda nos preços.

Com safra menor, o Brasil não vai ter fôlego, porém, para manter o mesmo patamar das exportações de 2023, principalmente no setor de grãos. As vendas externas de proteína animal começam com um volume equilibrado, em relação ao de janeiro de 2023, à exceção de carne bovina, que cresce 22%.

Navio no porto de Paranaguá (PR) carregado com soja brasileira - Paulo Whitaker/Reuters

Considerando os dez dos principais produtos da balança do agronegócio, apenas milho deverá ter queda no volume neste mês. Com base nos números dos primeiros 19 úteis dias de janeiro apurados pela Secex (Secretaria de Comércio Exterior), a venda externa do cereal deverá recuar para 5,3 milhões de toneladas em janeiro, 13% a menos do que em igual período do ano passado.

As exportações de soja disparam, com estimativa de 3 milhões de toneladas, bem acima das 840 mil de janeiro de 2023. As vendas de café sobem 44%; as de algodão, 125%, e as de trigo, 68%, conforme dados da Folha, com base nos números já apurados pela Secex.

O grande destaque continua sendo o açúcar. As exportações deverão atingir 3 milhões de toneladas, com aumento de 56%. A grande vantagem dessa commodity é que a tonelada foi a US$ 532, com alta de 20% em relação aos valores de janeiro do ano passado. À exceção do algodão, que subiu 2%, os demais produtos estão com redução de preços.

As principais quedas em 12 meses, segundo os dados da Secex, ficaram com milho (19%), carne de frango (17%) e soja (14%). Entre as carnes, a bovina foi a que teve a menor queda. A tonelada da proteína recuou para US$ 4.508, retração anual de 7%.


Feijão A Embrapa Arroz e Feijão lança uma nova variedade de feijão jalo no Show Rural Coopavel, evento que ocorrerá em Cascavel (PR), a partir do dia 5 de fevereiro.

Feijão 2 Com destaques no tamanho e na uniformidade de grãos, a leguminosa traz boas qualidades culinárias e facilidades para a exportação, segundo a Embrapa.

Produtividade Denominado BRS FS313 e com potencial produtivo de 3.200 kg por hectare, a cultivar apresenta resistência à antracnose e a podridões radiculares, além de moderada resistência à murcha de fusário e ferrugem.

Soja A Embrapa vem buscando novo reposicionamento comercial no mercado. Com a Fundação Meridional adota novas estratégias de acesso ao mercado, de posicionamento de produto e de escala de produção junto a cooperativas, empresas de sementes e revendas agrícolas.

Soja 2 Segundo Carina Rufino, chefe de transferência de tecnologia da Embrapa Soja, a empresa faz dois lançamentos na feira (as cultivares BRS 1056IPRO e BRS 1064IPRO), que tem potencial produtivo, sanidade e tolerância ao herbicida glifosato e a alguns tipos de lagartas.

Inflação O preço médio dos produtos agropecuários subiu 0,49% em janeiro, segundo o IGP-M. As maiores pressões vieram de milho, batata, café e arroz. Em 12 meses, os produtos agropecuários registram queda de 11,7%.

Café Tanto o arábica como o conilon mantém alta de preço neste mês. O arábica sobe devido ao clima no Brasil, e o conilon tem demanda maior nos mercados interno e externo, segundo Guilherme Morya, analista do Rabobank.

Café 2 O conilon sobe, ainda, devido a uma resistência dos vietnamitas em comercializar seu café. Os recentes incidentes no mar Vermelho, rota importante entre Ásia e Europa, também afetam os preços. Deve crescer a demanda pelo conilon do Brasil.

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