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Descrição de chapéu Rio de Janeiro

Resultado da intervenção deve vir em quatro meses, diz Jungmann

Ministro participou de reunião com parlamentares da bancada fluminense

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Homens das Forças Armadas durante operação na Vila Kennedy, zona oeste do Rio - Danilo Verpa - 23.fev.2018/Folhapress

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Rio de Janeiro

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse nesta sexta-feira (9) que a população do Rio deve começar a perceber os efeitos da intervenção federal na segurança do estado em quatro meses. 

Segundo Jungmann, que assumiu a recém-criada pasta da Segurança, a previsão foi feita pelo próprio interventor do Rio, general Walter Braga Netto, em conversa recente entre os dois.

Jungmann participou nesta sexta de reunião com 13 parlamentares da bancada fluminense que integram o observatório legislativo da intervenção. A reunião, fechada para a imprensa, foi para que o governo apresentasse as ações até agora.

O ministro e parlamentares contaram na saída que os objetivos apresentados são aqueles já conhecidos, como o desejo de reequipar as polícias, fortalecer as corregedorias e reduzir ingerências políticas nos comandos das corporações. 

Jungmann também reafirmou que pedirá empréstimo de R$ 20 milhões ao BNDES para fazer um diagnóstico da situação carcerária. Também afirmou que pretende que o STF (Supremo Tribunal Federal) volte a discutir a lei de drogas no país, com vistas a reduzir o encarceramento desnecessário de acusados de crimes. 

Atualmente, a posse de pequena quantidade de maconha é descriminalizada, mas a lei não estabelece uma quantidade específica para diferenciar usuários de traficantes –a tipificação fica a critério da autoridade que lavra o flagrante. 

Na prática, o que ocorre, afirmou Jungmann, é que muitos usuários, principalmente de zonas pobres, são presos como traficantes. “São jovens que não precisavam estar na cadeia e que estamos perdendo para o crime organizado”, disse. 

Sobre o prazo de quatro meses para que a população do Rio sinta a melhora com a intervenção federal, Jungmann afirmou que o trabalho ocorre aos poucos, mas continuamente. Segundo ele, a situação que fez o estado chegar no ponto atual é resultado de décadas. 

O prazo foi dado depois que Jungmann foi questionado sobre as ações na Vila Kennedy, zona oeste do Rio. Nesta sexta completaram três dias seguidos de militares no entorno da favela. Isso não impediu, contudo, que criminosos assaltassem uma igreja da região logo depois da saída dos militares na quinta (8) –as tropas chegam sempre no início da manhã e deixam o local no fim da tarde.

Segundo Jungmann, que não tem mais ingerência hierárquica sobre as ações com militares no Rio, a Vila Kennedy é uma espécie de laboratório para ações em outros pontos do estado. A insistência das forças de segurança em voltarem na favela quase diariamente para retirar barreiras colocadas pelo tráfico, repostas sempre que os militares deixam a favela, é um recado de resiliência da tropa para os criminosos. 

“Estamos mostrando que somos resilientes e não vamos desistir”, disse ele.
 

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