Delegada afirma que não descarta participação de nenhum familiar de pastor em assassinato
Versão da deputada Flordelis, de que teria havido perseguição por motociclistas, foi descartada
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A delegada Bárbara Lomba afirmou que não descarta a participação de qualquer familiar do pastor Anderson do Carmo, 42, no seu assassinato, o que inclui a deputada federal Flordelis (PSD-RJ), mulher da vítima.
Em entrevista à TV Globo, a delegada da Divisão de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Maricá afirmou que a principal suspeita envolve as pessoas próximas do pastor, que tinha 55 filhos com a deputada —51 adotados.
“Não podemos descartar ninguém que estava próximo da cena do crime. Provavelmente, a motivação do crime é relacionada a uma questão que envolve a família, mas não se sabe de que natureza. Tudo indica que tem relação com as relações familiares, quem convivia com a vítima”, disse a delegada Bárbara Lomba.
O assassinato aconteceu no domingo (16), por volta de 4h, após o casal chegar de uma confraternização. Ao entrarem em casa, no bairro de Pendotiba, Anderson retornou à garagem para pegar algo no carro e disparos foram ouvidos.
Dois filhos do casal estão presos temporariamente sob suspeita do crime. A delegada afirmou que as investigações continuam para apurar todo o contexto do crime.
Em entrevista nesta manhã, Lomba também descartou versões dadas pela deputada sobre o crime.
Flordelis contou em entrevista após o crime que percebeu que o veículo dirigido por Anderson estava sendo perseguido por duas motos, em Niterói. A deputada disse ainda que o pastor evitou que criminosos invadissem a casa da família.
Lomba descartou uma suposta perseguição. “Esse relato de que estavam sendo perseguidos não foi dado na delegacia. Nos autos não há esse registro”, disse a delegada.
A investigação também negou um possível latrocínio no crime, como alegado por Flordelis.
Na quinta, a TV Globo divulgou que um dos filhos, cujo nome não foi divulgado, disse em depoimento que suspeita da participação da deputada e de três filhas no assassinato. A delegada, no entanto, declarou que se trata de uma informação preliminar e que “várias pessoas” devem ser ouvidas no decorrer das investigações.
“Informações de familiares que têm envolvimento emocional ou econômico são consideradas, mas elas não vão definir a investigação”, explicou Bárbara.
A delegada Bárbara Lomba descartou, também, um suposto caso extraconjugal do pastor como uma eventual motivação para o assassinato.
“Nenhuma das pessoas [que depuseram] mencionaram isso”, disse.
Em nota, a assessoria de imprensa da deputada afirmou que ela não é investigada. Flordelis foi intimada a depor sobre o caso.
"A deputada federal Flordelis recebeu a intimação para depor como testemunha do caso e não como investigada, porque não está sendo investigada. Os fatos estão sendo apurados", diz a nota da parlamentar.
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