Mortes: Lutou contra a ditadura e defendeu moradores de rua
Como deputado estadual pelo RS, Roque Grazziotin aprovou o projeto que criou o Dia Estadual de Luta Contra a Tortura
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Com 11 anos, Roque Grazziotin deixou a casa dos pais em Antônio Prado, na serra gaúcha, para ingressar no Seminário Nossa Senhora Aparecida, em Caxias do Sul, com o desejo de se tornar padre.
Quando houve o golpe militar, em 1964, prestes a completar 18 anos, estudava no Seminário de Viamão, na região metropolitana de Porto Alegre, e passou a ter contato com crianças em situação de rua e com presidiários.
“Isso fez dele alguém comprometido com a realidade social, sempre em busca de igualdade e justiça”, relembra o padre Izidoro Bigolin, colega de estágio na antiga Febem, na capital gaúcha.
Eles voltariam a conviver mais tarde em Caxias do Sul. Já ordenado, padre Roque, como é conhecido, ajudou a criar a pastoral que atuava junto a prostitutas e trabalhava nos bairros periféricos que começavam a tomar forma na cidade industrial.
Padre Roque lutou contra a ditadura tanto no Brasil como em países da América Latina, que percorreu em campanha para ajudar a localizar desaparecidos vítimas da tortura do Estado nos regimes militares vizinhos.
Na década de 1980, trabalhou no Movimento Nacional de Direitos Humanos e ajudou a fundar o PT (Partido dos Trabalhadores). Ele chegou a ser eleito deputado estadual (1999-2003) pela sigla.
Na Assembleia gaúcha, aprovou o projeto que criou o Dia Estadual de Luta Contra a Tortura.
Em 2014, ganhou a Medalha do Mérito Farroupilha.
No Natal de 2016, sofreu um AVC. Desde então, vivia na Casa dos Padres, onde recebia cuidados. Faleceu no último 22 de setembro, em Caxias do Sul, aos 76 anos.
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