Mortes: Músico e fotógrafo, difundiu a arte da gaita no Recife
Jehovah Tavares de Lucena serviu de base para muitos artistas que tocam o instrumento atualmente
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A fascinação pela gaita foi um presente do cinema. Quando jovem, Jehovah Tavares de Lucena, que mais tarde ficaria conhecido como Jehovah da Gaita, assistiu a um filme em que em uma das cenas havia uma orquestra de gaitas.
Dar continuidade à nova paixão foi fácil. No Nordeste, onde vivia, o instrumento era vendido na feira. Jehovah adquiriu seu primeiro exemplar e aprendeu a tocar sozinho.
Aos 14 anos, apresentou-se pela primeira vez nos programas de auditório da Rádio Jornal do Comércio.
Sua arte se popularizou e o colocou entre os artistas mais cobiçados de Recife, onde nasceu.
O filho, o analista de sistemas Marco Antonio Menezes de Lucena, 51, conta que por 16 anos Jehovah deu uma pausa na música e apostou na arte da fotografia publicitária para complementar o orçamento.
Foi um caminho feliz, que também trouxe notoriedade. A volta para a gaita se deu pela influência dos amigos.
O único CD, Soul Harmônica, foi lançado em 1993. "Antes de morrer deixou outro disco gravado e finalizado, mas sem financiamento para a produção. Agora, vamos batalhar pelo lançamento", diz Lucena.
Exigente, de personalidade forte, Jehovah serviu de base para muitos artistas que tocam gaita hoje.
Músicos jovens e em início de carreira tinham seu apoio. As aulas, que deveriam ser de 30 minutos, duravam quatro horas.
"Ele era carinhoso e preocupado com os outros. Adorava o contato com os alunos, tanto que foi professor de gaita no Conservatório Pernambucano de Música", afirma Lucena.
Jehovah Tavares morreu dia 10 de dezembro, aos 76 anos, por complicações de um AVC. Divorciado, deixa três filhos e seis netos.
coluna.obituario@grupofolha.com.br
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