Para o professor José Dias Ferreira Neto, 68, o bem-estar da família, amigos e até de desconhecidos estava em primeiro lugar.
Romântico, paizão em casa e na sala de aula, presenteava crianças carentes com doces e brinquedos no Natal.
José nasceu em Campinas (a 93 km de SP), mas viveu em Jundiaí (a 58 km de SP). Engenheiro agrimensor (mede e regulariza terrenos), lecionava no Centro Universitário Padre Anchieta.
Diagnosticado com pancreatite aguda, morreu no dia 4 de dezembro. Por acaso, o filho, o engenheiro químico Luís Rodrigo Pantano Dias Ferreira, 41, encontrou uma carta escrita pelo seu pai há cinco anos, quando esbanjava saúde.
Nela constam instruções para serem seguidas pós-morte, conforme alguns trechos reproduzidos abaixo:
"Bem, já que eu morri, vamos aos próximos passos. Durante meu velório quero, o tempo todo, música, uísque e alegria... Quero, no velório, que esteja tocando, o tempo todo, Pink Floyd, Aerosmith, Scorpions, Mozart, e nos momentos de reflexão e oração, Enya... Meus amigos, FUI..........".
Ele também pediu que doassem seus órgãos, o que não foi possível por causa da doença, e a leitura de um texto ao final da carta, seguida pela execução da música Canção da América, de Milton Nascimento, prestando atenção na letra.
Em sua última mensagem, diz : "A vida é muito curta e efêmera. Devemos aproveitar cada momento fazendo o bem, zelando pelas pessoas, ajudando a todos que nos procuram. A alegria de dar ajuda ao próximo é insubstituível." José Dias Ferreira Neto deixa a esposa, dois filhos e duas netas.
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