Se tinha algo que o maestro e escritor Adilvo Mazzini sabia fazer muito bem era reger a sinfonia da vida. O dom para a arte e para a caridade se misturaram harmoniosamente.
“Meu pai pensava no próximo e deu um jeito de transformava a música num acalento para as pessoas”, diz a filha, a funcionária pública Cristiane Rocha Mazzini, 38.
Adilvo nasceu em Rio do Sul (SC), onde morou até 1966, quando mudou-se para o que era então Mato Grosso. Viveu em duas cidades: Rio Brilhante, para lecionar educação física e línguas num seminário, e Dourados, municípios que depois passaram a fazer parte do estado de Mato Grosso do Sul. Lá, cursou Letras na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.
Na época, já respirava música, segundo conta Cristiane. Além de ser maestro, tocava vários instrumentos como violão, violino e trompete, e compunha arranjos e letras.
Sua história se misturou à transformação de Dourados em cidade da cultura. Foi um dos fundadores do Centro Cultural Guaraoby e dirigiu a Funced (Fundação Cultural e de Esportes de Dourados).
Lutou para popularizar o encontro de corais que acontecia todo mês de setembro na cidade. O evento chegou a reunir mais de 40 grupos de diferentes locais do país.
Além disso, foi regente de muitos corais e fez parte do Grupo de Regentes Corais da Funarte (Fundação Nacional de Artes).
Longe do coral, regia as linhas que guardaram suas poesias e contos. Como escritor, lançou três obras: “A Voz da Montanha”, um livro de contos sobre onde nasceu; “Retalhos de Mim”, de poesias; e “Banco na Varanda”, coletânea de cartas que trocou com uma amiga.
Adilvo Mazzini morreu no dia 5 de dezembro, aos 76 anos, de um AVC. Deixa esposa, dois filhos e uma neta.
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