22% dos paulistanos afirmam que só saem de casa para estudar ou trabalhar, aponta pesquisa
Capital paulista completa 466 anos no próximo sábado (25)
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Se não for para trabalhar ou estudar, 22% dos paulistanos dizem não sair de casa nem no dia a dia nem aos finais de semana. A explicação está na preferência por ficar no conforto do lar e na falta de dinheiro. Já para quem tem mais de 60 anos, a dificuldade de locomoção é a principal justificativa.
Em nenhuma das regiões da capital paulista, que completará 466 anos no próximo sábado (25), a insegurança aparece entre os motivos mais relevantes para as pessoas não saírem.
É o que mostra uma pesquisa realizada pela Seade (Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados), do governo do estado, que entrevistou 2.100 domicílios da cidade no segundo semestre do ano passado.
O percentual dos que não costumam sair de casa é menor na região sul e no centro ampliado, que inclui bairros centrais como Sé, Bela Vista, Bom Retiro, Liberdade, República e Santa Cecília, mas também distritos da zona oeste como Pinheiros, Itaim Bibi, Jardins, Lapa, Perdizes, Vila Leopoldina, Butantã e Morumbi, e da zona sul, como Vila Mariana, Saúde, Moema, Ipiranga e Jabaquara.
Entre os que não costumam sair, quase metade trabalha, 8% só estuda, 3% faz os dois e 40% não faz nem um nem outro.
Fora das idas ao trabalho e ao local de estudo, os principais destinos dos paulistanos são comércio nas imediações de casa, visitas a parentes e amigos e atividades de lazer, como passear, ir a bares e shoppings, com a maioria dos deslocamentos sendo feito a pé (42,5%) e parte deles de carro (28%). O uso de corridas por aplicativos representa só 2,8%.
Quase 16% das pessoas vão a cultos, missas ou outras atividades religiosas, proporção que cresce com a faixa etária. Mas apenas 8% menciona a cultura, ou seja, ida ao cinema, teatro, show ou biblioteca, e só 1 em cada 10 pessoas sai de casa para se exercitar ou fazer esportes —parcela que é maior entre as famílias de maior renda.
Na visão dos moradores, é o centro ampliado que possui melhor infraestrutura de lazer, bancos e hipermercados, enquanto faltam serviços e opções de lazer principalmente nas regiões sul e leste 2.
O estudo mostra também que a população é mais envelhecida no centro ampliado e mais jovem nas regiões leste 2 e sul. No centro ampliado também está a maior parcela dos paulistanos que têm ensino superior (quase o dobro das demais regiões), trabalho formal e maior renda.
Já nas regiões periféricas, a taxa de desocupação é maior. Na zona sul, os desempregados chegam a 15,5% do total.
A força de trabalho residente no município é estimada em 6,45 milhões de pessoas e 825 mil pessoas estão desocupadas hoje em São Paulo.
Em média, o rendimento domiciliar per capita na cidade é de R$ 48 por dia. Mas, nas favelas, a renda per capita é de só R$ 13 por dia. O ganho familiar no centro ampliado é 63% maior que a média da capital.
Na pesquisa, a renda domiciliar considera os rendimentos de todos os trabalhos atuais e passados das pessoas de 14 anos ou mais na casa, além do seguro desemprego, aposentadorias, pensões, aplicações, programas governamentais etc.
Dois terços dos domicílios têm uma única fonte de renda: trabalho ou aposentadoria e pensão. Já 14% dos domicílios vivem exclusivamente com as apo sentadorias ou pensões e 9% recebem dinheiro de programas do governo. Para 2% das famílias (ou 73 mil casas), o único dinheiro que entra é o dos programas de transferência de renda.
A imagem de cidade verticalizada também descreve apenas o centro ampliado, onde 36% das moradias são prédios. Já nas outras regiões as casas são predominantes. A zona leste concentra a maior proporção de casas térreas (44,9%) e a zona sul, de sobrados (53,3%).
Veja os distritos da cidade considerados pela pesquisa:
Centro Ampliado:
zona centro: Sé, Bela Vista, Bom Retiro, Cambuci, Consolação, Liberdade, República e Santa Cecília.
zona oeste: Pinheiros, Alto de Pinheiros, Itaim Bibi, Jardim Paulista, Lapa, Perdizes, Vila Leopoldina, Jaguaré, Jaguara, Barra Funda, Butantã, Morumbi, Raposo Tavares, Rio Pequeno e Vila Sônia.
zona sul 1: Vila Mariana, Saúde, Moema, Ipiranga, Cursino, Sacomã, Jabaquara e Campo Belo
Zona Sul:
Cidade Ademar, Pedreira, Campo Limpo, Capão Redondo, Vila Andrade, Jardim Ângela, Jardim São Luís, Socorro, Cidade Dutra, Grajaú, Parelheiros, Marsilac , Santo Amaro e Campo Grande
Zona Norte:
Tremembé, Jaçanã, Vila Maria, Vila Guilherme, Vila Medeiros, Santana, Tucuruvi, Mandaqui, Casa Verde, Limão, Cachoeirinha, Freguesia do Ó, Brasilândia, Pirituba, Jaraguá, São Domingos, Perus e Anhanguera
Zona Leste 1:
Mooca, Água Rasa, Belém, Brás, Pari, Tatuapé, Vila Prudente, Sapopemba, São Lucas, Aricanduva, Carrão, Vila Formosa, Penha, Artur Alvim, Cangaíba e Vila Matilde
Zona Leste 2:
Ermelino Matarazzo, Ponte Rasa, Itaquera, Cidade Líder, José Bonifácio, Parque do Carmo, São Mateus, Iguatemi, São Rafael, São Miguel, Jardim Helena, Vila Jacuí, Itaim Paulista, Vila Curuçá, Guaianases, Lajeado e Cidade Tiradentes
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