Mortes: Cultivou as lembranças, a generosidade e o amor ao próximo
Zorita Junqueira de Oliveira não deixava a vaidade de lado nem quando precisava buscar ajuda médica
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Estavam na memória afetiva da dona de casa Zorita Junqueira de Oliveira os momentos vividos num imponente casarão localizado na rua 13 de Maio, no bairro do Bixiga (região central de SP).
Durante anos, o local foi a residência do seu avô, Samuel Toledo, e ponto de encontro de Zorita e dos primos.
“Toda vez que a minha mãe passava pela rua 13 de Maio lembrava da época em que morou no casarão e brincava com os primos”, conta a filha, Patrícia Rodrigues Alves, 65.
Zorita nasceu em São Paulo, numa família de classe média. Teve quatro irmãos. Estudou até o segundo grau e seguiu a vida como dona de casa.
Generosa, foi um pouco avó das pessoas que ajudou ao longo da vida. Expert no tricô, fazia casaquinhos para doar aos necessitados, além de tapetes e outras peças.
“Minha avó representou a doçura e a vanguarda de ser a pessoa que ela foi. Via todos nós como realmente somos. Sabia enxergar o ser humano”, diz a neta, a assessora de imprensa Maria Fernanda Bezerra de Menezes, 44.
Recepcionar convidados em casa era uma habilidade caprichosa, já que adorava festas e sempre foi considerada como extremamente sociável. Além das festas, não perdia a oportunidade de dançar, jogar cartas com os amigos e viajar.
Vaidosa, mas sem exageros, não saía sem brincos, batom e perfume. A regra valia até para os compromissos mais difíceis, quando tinha de ir ao médico por não estar bem de saúde, por exemplo.
Toda vez que passava por uma dificuldade repetia a frase: “Deus proverá”.
“Apesar da vida difícil, em alguns momentos ela nos mostrou a importância de nunca perder as esperanças e aproveitar cada minuto. Ela nos fará muita falta”, afirma Patrícia.
Zorita Junqueira de Oliveira morreu dia 12 de março, aos 86 anos, de insuficiência respiratória. Separada, deixa quatro filhos, cinco netos e uma irmã.
coluna.obituario@grupofolha.com.br
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