Siga a folha

Descrição de chapéu Obituário Randau de Azevedo Marques (1949 - 2020)

Mortes: Colocou sua genialidade a favor do clima e da natureza

Randau Marques foi o pioneiro do jornalismo ambiental

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

São Paulo

Randau de Azevedo Marques deu seus primeiros passos no campo. Aprendeu a amar os animais e acostumou-se com a sinfonia dos pássaros, com o cheiro do mato e a assistir à natureza como protagonista no espetáculo diário de sensibilidade.

Nascido em Igaçaba, um distrito de Pedregulho (a 437 km de SP), viveu muito tempo na roça, no seio de uma família simples. O pai era bancário e a mãe fazia e vendia doces para ajudar no sustento da casa.

De Pedregulho mudaram-se para Franca (a 400 km de SP). Com o tempo, aguçou a curiosidade, a sede de investigação e o talento para o jornalismo. Foi o trampolim para o início da carreira no jornal Comércio da Franca.

Randau de Azevedo Marques (1949-2020) - Arquivo pessoal

Aos poucos, veio o interesse em assuntos que envolviam o ambiente e tornou-se jornalista especializado na área.

“Para ele, o homem era o centro da natureza. Gostava de colocar em pauta a forma como a poluição afeta as pessoas e a qualidade de vida”, diz a filha, a advogada Gabriela de Pádua Azevedo Marques, 43, que especializou-se em direito ambiental por influência do pai.

Randau deixou Franca para morar em São Paulo e conseguiu emprego como repórter no extinto Jornal da Tarde. No início, cobria trânsito e assuntos da cidade. Depois, migrou para ambiente. Inovador, ligou a área à ciência, à tecnologia e à política.

Grandes coberturas investigativas e ambientais marcaram sua linha do tempo. Em uma das mais importantes, revelou que a Serra do Mar estava desmoronando. Também criou o termo “vale da morte” como referência à poluição desordenada causada pelo polo industrial de Cubatão (56 km de SP).

Seu hobby era o trabalho e as poesias que escrevia. Jornalista de sucesso, nunca foi vaidoso. Sempre prevaleceu o coração generoso, sensível e íntegro.

Após deixar o Jornal da Tarde, trabalhou como assessor especial da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e como assessor de imprensa na Secretaria Estadual do Meio
Ambiente e na Cetesb.

Randau de Azevedo Marques também foi um dos fundadores da ONG SOS Mata Atlântica.
Ele morreu dia 9 de abril, aos 70 anos, de infarto. Deixa esposa, três filhos e três netos.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

Veja os anúncios de mortes

Veja os anúncios de missa

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas