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Descrição de chapéu Obituário Candida de Freitas Martins de Oliveira Costa (1926 - 2020)

Mortes: Pelas aventuras da vida, levou suas três paixões

Candida de Freitas Martins de Oliveira Costa formou-se advogada na metade da vida

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São Paulo

Três paixões deram o contorno à vida da advogada Candida de Freitas Martins de Oliveira Costa: a família, a natureza e o Direito.

Paulistana era a caçula dos nove filhos de um casal de portugueses da Ilha da Madeira que se estabeleceu na região de Presidente Prudente (558 km de SP).

Candida ficou órfã ainda criança. Aos seis anos, entrou para um colégio interno e fez amizades que duraram até seus últimos dias. Ela morreu em 23 de novembro, aos 94 anos, por complicações após um infarto.

Candida de Freitas Martins de Oliveira Costa (1926-2020) - Arquivo pessoal

Ao sair do internato, Candida estabeleceu-se na casa de uma das irmãs. Anos mais tarde, conheceu o marido, o advogado Célio de Oliveira Costa.

As idas frequentes à fazenda a aproximavam do que desejou para a vida: ficar perto da natureza, ter a sorte de ouvir o canto dos pássaros diariamente, observar o céu, o gado e respirar ar puro.

“Ela se dizia caipira com muito orgulho”, conta a neta, a jornalista e psicanalista Rachel Botelho, 43.

Candida chegou à metade da vida movida pelo objetivo de realizar mais um sonho: estudar e formar-se em direito.

A profissão a colocou por mais tempo ao lado do marido, pois ambos advogaram no mesmo escritório. A carreira foi encerrada junto, quando Célio teve um AVC e Candida dedicou tempo integral aos seus cuidados. A viuvez ocorreu em 1989.

Uma palavra descrevia bem Candida: inspiração. No início da década de 1990, em São Paulo, viveu alegrias e aventuras com as amizades que conquistou num grupo voltado à terceira idade.

Tornou-se incansável. Fez aulas de ginástica e dança, acampou no Jalapão (TO), escalou as dunas do Nordeste e voltou à infância na Disney.

O nascimento do primeiro bisneto, João Haddad, 13, também a devolvia aos tempos de criança; Candida brincava com o menino no chão.

Em sua festa para comemorar 90 anos, mostrou a vitalidade de uma jovem ao dançar a noite inteira.

Havia planos de repetir a façanha nos festejos de 95 anos, mas no meio do caminho, Candida quebrou um osso da bacia e o estado de saúde debilitou gradativamente até o coração parar.

Candida deixa duas filhas, quatro netos, três bisnetos, sobrinhos e amigos.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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