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Setor privado vai financiar expansão de metrô em São Paulo

Investimento vem em momento de crise do sistema público, que perdeu receita com queda de passageiros

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São Paulo

O Governo de São Paulo assinou um aditivo de contrato com a CCR, que deve bancar a expansão de linhas de metrô da capital paulista.

O aditivo foi informado ao mercado na terça (30) pela empresa, controladora da ViaMobilidade, que tem a concessão das linhas 5-lilás e 17-ouro do Metrô.

Segundo o informe, a empresa pode fazer a elaboração dos estudos e execução de futuros investimentos para implantação das expansões das linhas, em condições ainda a serem acordadas com o governo.

O investimento da iniciativa privada vem em um momento de crise no sistema público de transportes, que perdeu receita com a queda de passageiros durante a pandemia da Covid-19. Além das linhas 5 e 17, a CCR também é dona da ViaQuatro, que opera a linha 4-Amarela.

A gestão João Doria (PSDB) já tinha anunciado na última semana a expansão da linha 5-lilás, que liga a estação Chácara Klabin da linha 2-verde, na zona sul da cidade, ao Capão Redondo.

O projeto de expansão prevê mais 4 quilômetros, com duas estações e um terminal de ônibus, até o Jardim Ângela, ainda mais ao sul.

Essas novas estações, no entanto, não têm prazo para serem entregues, e os estudos para elaborar o projeto podem demorar até 24 meses.

As estações previstas serão a Comendados Sant’Anna, que será elevada e ficará na avenida de mesmo nome, e a estação Jardim Ângela, próxima ao hospital do M’Boi Mirim, que será conectada ao terminal que já existe da SPTrans e ao novo terminal de ônibus que será construído.

O governo estima que a expansão vai beneficiar 130 mil moradores da região.

O projeto, no entanto, deve envolver desapropriações e a canalização do córrego Capão Redondo para ampliar a avenida Carlos Caldeira Filho.

Já a linha 17-ouro, que também está no aditivo assinado pela CCR, ainda está em construção. É o monotrilho que vai ligar o Aeroporto de Congonhas ao sistema de trilhos da cidade, mas que tem um histórico de atrasos e judicializações.

Inicialmente prevista para 2013, a linha virou um imbróglio jurídico, com uma série de contestações das concorrências na Justiça, e não de ve sair antes de 2022.

O nó mais recente foi desatado nesta segunda-feira (29), quando o Superior Tribunal de Justiça derrubou uma decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo que suspendia o contrato de fornecimento de trens e equipamentos —a concorrência havia sido questionada pelo consórcio que perdeu a licitação.

O monotrilho é uma espécie de trem com rodas que anda sobre uma estrutura elevada e é operado pelo Metrô.

Esse tipo de transporte sempre foi uma dor de cabeça para o governo paulista, tendo sido contestado por especialistas e mesmo por técnicos do Metrô desde o começo, que afirmavam que não ele não funcionaria com capacidade alta de transporte de passageiros.

A contestação virou unanimidade depois que em fevereiro do ano passado um pneu de uma composição da linha 15-Prata, na zona leste, estourou e caiu na avenida sob a linha. A linha ficou mais de três meses sem funcionar, gerando imensas filas, aglomerações e atrasos para os moradores da região.

Antes disso, a linha 15 já tinha visto outras falhas graves, como choque entre dois trens e desabamento de um muro de uma das novas estações sobre a escada que dá acesso à plataforma.

Além desse, o Governo de São Paulo previa desde 2009 construir um monotrilho que ligaria a capital ao ABC Paulista, entre a estação Tamanduateí do Metrô e São Bernardo do Campo, mas o projeto foi abandonado em julho do ano passado e substituído por um BRT (sigla em inglês para sistema de transporte com ônibus rápidos).​

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