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Mortes: Guerreira na defesa do ser humano, espalhou flores e amor

Como ativista, Giulia Grillo tinha atuação com a população em situação de rua na cracolândia

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São Paulo

Domingo, 30 de abril de 2017. Uma ciclista oferece flores ao então prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB). Ele não pega e a mulher as coloca no painel do veículo. Doria atira as flores pela janela.

A cena foi protagonizada pela produtora de eventos e cicloativista Giulia Grillo, em protesto contra o aumento dos limites de velocidade nas marginais Tietê e Pinheiros e as mortes em acidentes.

Assim era Giulia: guerreira ao abraçar as causas em que acreditava. Em 21 de dezembro, aos 59 anos, ela deixou este mundo após espalhar flores, amor, abraços calorosos e lições de vida por onde passou.

Giulia Grillo (1962-2021) - Arquivo pessoal

Há alguns anos, a bicicleta disputava sua atenção com os moradores em situação de rua na Cracolândia (região central de São Paulo). Tornou-se uma ativista fervorosa na área de direitos humanos.

"A cracolândia nos uniu", conta a empreendedora social Eliana Toscano, 49. Foi no coração de um dos locais onde Giulia mais depositou seu amor e sua devoção que as duas se conheceram e tornaram-se amigas, há quatro anos. Na época, Eliana estava em situação de rua.

"Giulia era uma mulher fina, elegante, culta e amorosa. Ela tinha uma tatuagem nas costas, um anjo com a palavra paz. Giulia era a paz e levantava a bandeira da liberdade. Sabia mediar conflitos como ninguém", afirma Eliana.

A amiga diz que a presença de Giulia na cracolândia tinha efeito calmante. "Sua generosidade unia as pessoas."

Como ativista pelos direitos humanos, lutou pela justiça e cuidou dos necessitados; no cicloativismo, mostrou a importância da bicicleta como meio de transporte.

Giulia Grillo morreu por complicações de um câncer no fígado.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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