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São Paulo deve seguir com poucas chuvas em dezembro

Precipitação em novembro ficou 32,5% abaixo da média histórica para o mês

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São Paulo

Após um novembro em que as chuvas ficaram 32,5% abaixo da média histórica para o mês, a cidade de São Paulo não deve ter refresco em dezembro.

De acordo com o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas) da prefeitura, é alta a probablidade das chuvas também ficarem abaixo da média para o último mês do ano, de 186,4 mm.

Trecho da represa Jaguari, em Piracaia, no interior de São Paulo, que faz parte do Sistema Cantareira - Bruno Santos - 27.ago.21/Folhapress

"A tendência é de um dezembro com precipitações abaixo da média. A presença do fenômeno global La Niña, que resfria a superfície do oceano Pacífico na região equatorial juntamente com o oceano Atlântico com temperatura dentro a abaixo da média na altura do litoral da região Sul e do litoral paulista, vai continuar provocando a irregularidade das chuvas", explica Thomaz Garcia, meteorologista do CGE.

Ainda de acordo com o especialista, as "chuvas irregulares e mal distribuídas em meses que climatologicamente chove bastante, como é o caso de dezembro, é ruim, principalmente para os reservatórios", acrescenta.

Os períodos mais secos observados para o mês de dezembro foram em 2013 (97,2 mm), 1999 e 2003 (ambos com 117,2 mm). Já os mais chuvosos aconteceram em 2012 (305,1 mm), 1996 (278 mm) e 2009 (260,4 mm). Os dados são compilados pelo órgão municipal desde 1995.

Novembro já ficou marcado pelas poucas chuvas. O boletim meteorológico mostrou que o mês terminou com 92,1 mm de chuva, valor inferior a média esperada para o período, de 136,5 mm.

"A combinação de ar mais seco e rápida passagem de frentes frias pelo leste paulista resultou em precipitações mal distribuídas e consequentemente abaixo da média na Grande São Paulo", conta Garcia.

Este foi o sexto novembro menos chuvoso da série histórica, atrás apenas de 1998 (33,4 mm), 1999 (67,2 mm), 2005 (78 mm), 1996 (82,1 mm) e 2003 (84,4 mm). O recorde para o mês é de 2015, quando o índice alcançou 249,5 mm de precipitação.

Em outubro, a Folha mostrou que o risco de desabastecimento de água no estado é agravado pela crise climática com tendência de seca extrema devido às chuvas abaixo da média que vêm sendo registradas desde o último verão. A previsão dada, segundo especialistas, é de que o problema irá se prolongar até a estação chuvosa de 2022.

Um dos reservatórios mais prejudicados na região metropolitana de São Paulo é o sistema Cantareira, atualmente operando com 26% de seu volume, o único abaixo dos 30%.

Segundo projeção mais recente do Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais), o Cantareira pode chegar a abril de 2022, início do próximo período de seca, com 17% de sua capacidade.

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