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Mortes: Apaixonou-se pela profissão, pelo Palmeiras e pela política

Italo Candia cuidava dos pacientes com a mesma dedicação de pai para filhos

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São Paulo

O amor pela medicina presente em Italo Candia atravessou continentes, pois o avô Giovanni Candia foi médico generalista em Aieta, região da Calábria, na Itália.

Italo era o caçula entre três filhos de um casal de imigrantes italianos que morou em Campo Grande, sua terra natal. Quando perdeu o pai, a família se mudou para São Paulo.

Ele e o irmão seguiram o caminho da psiquiatria. Italo estudou na PUC (Pontifícia Universidade Católica) de Sorocaba (a 99 km de SP), trabalhou no Hospital Psiquiátrico do Juqueri, em Franco da Rocha, na região metropolitana de São Paulo, e em consultório particular, onde se dedicou aos seus pacientes como se fossem filhos.

Italo Candia (1939-2022) - Arquivo pessoal

"Falar do doutor Italo, como era carinhosamente chamado por todos, é lembrar só de coisa boa e exaltação à vida. Ele foi um grande profissional, muito humano, entregou-se à profissão com amor, dedicação e comprometimento com seus pacientes. Culto, inteligente, cinéfilo e leitor voraz, mantinha-se sempre atualizado procurando aprofundar os conhecimentos em psiquiatria", afirma a jornalista Beth Alves, 66, uma paciente.

"De certa forma, a família dele eram os pacientes", conta a psicanalista Silvana Rea, 61, sobrinha do médico. Italo casou-se, mas não teve filhos. Viveu intensamente a paixão pela profissão, pelo Palmeiras e pela política —sempre envolvido com o pensamento de esquerda.

A generosidade, o desapego ao dinheiro e o senso de justiça eram traços de sua personalidade. Italo defendia a igualdade entre as pessoas.

"Ele marcou a vida dos pacientes. Sua maior lição foi o que deixou a cada um. Sem envolvimento afetivo, ninguém trabalha bem nessa área", afirma Silvana.

Italo Candia morreu no dia 8 de janeiro, aos 82 anos. Ele fazia um tratamento contra um câncer. Viúvo, deixa uma irmã, três sobrinhos e a Edina Recchio Carvalho, a secretária de longos anos que desempenhava um papel diferenciado em sua vida. Afetivamente, era considerada como filha.

​​coluna.obituario@grupofolha.com.br

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