Siga a folha

Descrição de chapéu Obituário Waldenilson Cunha Costa (1959 - 2022)

Mortes: Maestro, fez história na música marcial brasileira

Waldenilson Costa usou bandas e fanfarras como projeto social em Pernambuco

Assinantes podem enviar 5 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Curitiba

A 14ª Copa Pernambucana de Bandas e Fanfarras levará o nome de Waldenilson Cunha Costa, que também terá um ginásio em Recife com o seu nome. A homenagem vem após a morte repentina do maestro, um dos maiores incentivadores de bandas marciais e fanfarras no Brasil.

Seu trabalho ajudou a colocar Pernambuco em destaque no cenário nacional de bandas marciais, que hoje somam cerca de 700 no estado.

Waldenilson Costa durante evento da Liga Brasileira de Bandas e Fanfarras, que ajudou a fundar - Arquivo pessoal

Sua história com a música marcial começou na banda do Ginásio Pernambucano aos 11 anos, tocando corneta. Desde então, não parou de estudar, formando-se músico e pedagogo.

Gestor cultural da Secretaria de Educação de Pernambuco, Costa foi maestro e educador de milhares de alunos de escolas estaduais. "Ele mudou a vida de muitos. A música era a forma dele ajudar e resgatar muitos meninos que poderiam ter ido para as ruas", conta o amigo Lourenço da Luz Neto, presidente da Abanfare-PE (Associação de Bandas, Fanfarras e Regentes de Pernambuco).

A entidade teve Costa como primeiro presidente, em 1997, e declarou luto de sete dias por sua morte. "Waldenilson foi um grande incentivador no mundo marcial", disse a entidade em nota.

Neto conta que conheceu Costa com 17 anos e que por sua influência se formou regente pelo Conservatório de Pernambuco. "Foram 35 anos de trabalho. Milhares de estudantes passaram pela batuta dele e muitos enveredaram pela música", conta.

"Mas o maior trabalho dele foi social, com crianças em vulnerabilidade, moradores de periferia, em situação familiar conturbada. Ele trabalhava muito a autoestima, a valorização da pessoa, além do profissional."

Costa foi alegre, autêntico, justo e de bom coração, afirma o amigo. "Era muito paizão, dedicava seu tempo à família e a banda era também a família dele."

Costa à frente da Banda Marcial de Recife, para qual dedicou 52 anos de sua vida - Arquivo Pessoal

A mulher de Costa, Maria, disse que que o conheceu quando tinha 18 anos —eles viveram juntos por 27. "Ele sempre foi muito inteligente, se destacava na escola, foi um gestor muito importante e sempre teve muito carinho pelos alunos."

Maria destaca que Costa era muito intenso, um ótimo pai, trabalhador, que gostava de se informar, estudar e ajudar as pessoas. "Um verdadeiro humanista, insubstituível."

O maestro morreu no dia 10 de junho, aos 63 anos, em Recife, após um acidente vascular cerebral (AVC). Deixa esposa, cinco filhos e cinco netos.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

Veja os anúncios de mortes

Veja os anúncios de missa

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas