Ato em Pinheiros (SP) pede justiça por morte de catador há 5 anos
Ricardo Silva Nascimento, 39, morreu após ser atingido por dois tiros por um PM
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Flores, velas e cartazes com os dizeres "queremos justiça" e "basta de genocídio", marcaram um ato na noite desta terça-feira (12), na esquina das ruas Navarro de Andrade e Mourato Coelho, em Pinheiros, zona oeste de São Paulo.
Há exatos cinco anos, o catador Ricardo Silva Nascimento, 39, negro e em situação de rua, foi abordado por dois policiais militares e morto com dois tiros por um deles. O crime ocorreu no local onde foi realizado o protesto.
O processo ainda está em andamento. O autor dos disparos e o outro PM nunca foram julgados.
A manifestação, organizada pela ONG Pimp My Carroça com apoio do Movimento Nacional dos Catadores, reuniu 30 pessoas e durou 40 minutos.
Moradores da região que discursaram no ato afirmaram que o catador era uma pessoa querida. "Tiraram o nosso vizinho! Ricardo era tranquilo, trabalhador e muito organizado", disse a advogada Ana Christina Domineghetti. Sempre foi generoso e educado. Nunca mendigou e dividia o pouco que ganhava com os outros".
Na esquina das ruas Navarro de Andrade e Mourato Coelho , os manifestantes também pintaram no chão a frase "Justiça para Ricardo". O grupo chegou a instalar duas obras que fazem referência a uma carroça no local para homenagear o catador, mas elas foram removidas pela prefeitura.
Na época do caso, os policiais envolvidos na ocorrência foram afastados do trabalho nas ruas, mas já retornaram para suas atividades habituais, segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo.
O órgão também disse à reportagem que o caso foi investigado por meio de inquérito policial instaurado pelo DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa) e relatado à Justiça em janeiro de 2019.
O inquérito foi instaurado em 31 de julho de 2017 —19 dias após o assassinato.
"!Daqui a uma semana haverá uma audiência do caso. A partir dela, a Justiça terá elementos para decidir o rumo do processo", disse a jornalista Mônica Soutelo, uma das organizadoras. Os moradores defendem que o caso vá para júri popular, o que ainda será decidido pela Justiça.
A audiência em questão, que decidirá se os réus irão a júri popular, está marcada para 18 de julho, às 15h.
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