Pet shop em SP é autuado em mais de R$ 1 milhão por suspeita de maus-tratos
PMs encontraram 150 aves, algumas delas em caixas de leite, e 4 jabutis
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Mais de R$ 1 milhão em multas foi aplicado a um pet shop após a Polícia Militar Ambiental encontrar, na manhã deste domingo (25), 150 aves e quatro jabutis em condições precárias nos fundos de um comércio no Jardim Ângela, zona sul da capital paulista.
A Prefeitura de São Paulo informou, por meio da Secretaria Municipal das Subprefeituras, que a loja não possui licença de funcionamento. O estabelecimento, acrescentou o governo municipal, será autuado "com a aplicação das devidas sanções administrativas e penalidades."
Segundo o 1º Batalhão da PM, alguns homens teriam corrido para dentro da loja, por volta das 10h, assim que avistaram policiais que faziam ronda pela estrada da Cumbica.
Ao entrar no comércio, os policiais se depararam, nos fundos do local, com aves silvestres mantidas em cativeiro em situação insalubre. Algumas estavam dentro de caixas de leite e outras, em gaiolas de pequenas dimensões.
A Folha não localizou nenhum representante da loja.
Houve a apreensão de 150 aves, além de quatro filhotes de jabuti-piranga, mantidos dentro de gaiolas com as aves. Todos foram levados à base da PM Ambiental.
Alguns dos pássaros, ainda de acordo com a PM, haviam sido recentemente capturados, provocando um comportamento bravio nos animais. Um deles estava com o bico ferido por causa disso.
Uma das aves estava com anilha de identificação em nome de outra pessoa.
O responsável pelo pet shop Roxinol (registrado sem a letra u), cuja identidade não foi informada pela polícia, já havia sido autuado por vender ilegalmente animais silvestres.
Desta vez, ele foi autuado em R$ 247 mil por manter irregularmente animais da fauna silvestre, em R$ 6.400 por comercializar quatro pássaros de espécies consideradas exóticas no território do estado de São Paulo e em R$ 924 mil por maus-tratos em razão das 154 mantidas nos fundos do pet shop.
O proprietário da loja vai responder, em liberdade, administrativa e criminalmente.
A Prefeitura de São Paulo foi questionada sobre alvará de funcionamento da loja, mas não respondeu até a publicação desta reportagem.
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