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Descrição de chapéu aeroportos

Anac proíbe pousos de aviões a jato em Fernando de Noronha

Medida vale a partir de 12 de outubro e seguirá até ajustes na pista do aeroporto

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Recife

A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) proibiu pousos e decolagens de aviões turbojatos no aeroporto do arquipélago de Fernando de Noronha (PE).

A decisão foi divulgada nesta quinta-feira (6) e vale a partir de 12 de outubro. A determinação seguirá até que sejam realizados ajustes na pista do aeroporto.

A restrição se aplica a aviões com motores à reação, os turbojatos, como o Boeing 737. O modelo é um dos mais usados pelas companhias aéreas para voos em Fernando de Noronha.

Ainda conforme a agência, não estão incluídas na restrição as aeronaves turbo-hélice, como os modelos ATR72 e Caravan.

Atualmente, Noronha recebe cinco voos diários, sendo quatro em aeronaves a jato e um em avião Boeing, modelos contemplados na restrição. Aos sábados, há um voo da Azul com um avião ATR, que segue liberado.

Praia do Americano, em Fernando de Noronha - Autarquia Territorial Distrito Estadual de Fernando de Noronha

Operações de emergência médica ou de transporte de valores realizadas mediante prévia combinação com o aeroporto não estão entre as restrições.

Em nota, a Anac disse que passou três anos monitorando as condições operacionais do terminal antes de tomar a decisão. Ainda conforme a agência, a nova regra foi motivada pela verificação de risco à segurança das operações, dos passageiros e tripulantes e será mantida até que a administração do aeroporto cumpra as determinações definidas pela Anac.

Segundo a agência, em 2019, foi verificada a degradação de trechos da pista, ainda em nível médio de severidade. Na ocasião, após pedido da Anac, a administradora do terminal aeroportuário enviou um planejamento de recuperação do pavimento.

"No entanto, até o dia 26 de setembro deste ano, o operador [do aeroporto] ainda não havia realizado a restauração do pavimento, apenas intervenções paliativas com aplicação de asfalto tipo pré-misturado a frio, e resultados de ensaios indicaram o comprometimento funcional da superfície do pavimento. Esse tipo de asfalto não tem aderência adequada à camada asfáltica existente e costuma apresentar desprendimento quando o pavimento aeroportuário é submetido a esforços durante a operação de aeronaves turbojato", diz a Anac.

A Agência Nacional de Aviação Civil ainda reforçou que "a desagregação extrema do material utilizado nos reparos pode causar ingestão e danos aos motores, sobretudo em turbinas, além de possíveis danos na fuselagem e pneus das aeronaves".

A Dix Aeroportos, empresa concessionária do Aeroporto do arquipélago, disse, em nota, que, desde 2019, a Secretaria de Infraestrutura e Recursos Hídricos iniciou na quinta (6) a requalificação da pista de forma emergencial e, em seguida, será feita a reestruturação completa.

A empresa também afirmou que fez investimentos superiores a R$ 1 milhão em obras de manutenção na pista a fim de garantir as condições operacionais de segurança.

Em nota, o Governo de Pernambuco disse que vai seguir a determinação da Anac e que começou, na quinta-feira (6), "uma intervenção estrutural para a execução de reparos em pontos localizados da pista de pouso e decolagem do aeroporto, no valor de R$ 1,2 milhões" e que as "obras devem ser concluídas em até 60 dias".

"As demais intervenções, que incluem a readequação de capacidade da pista; requalificação do pavimento; sistema de drenagem e implantação de sinalização, devem ser finalizadas em 12 meses", diz o governo.

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