Descrição de chapéu greve

Trabalhadores do Metrô de SP suspendem greve marcada para esta quarta-feira (22)

Categoria quer esperar propostas do governo estadual até o próximo dia 5 de junho

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São Paulo

Trabalhadores do Metrô de São Paulo suspenderam a greve programada inicialmente para esta quarta-feira (22). A categoria vai esperar propostas do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) até o próximo dia 5.

A proposta de suspensão foi apresentada pela diretoria do Sindicato dos Metroviários e aprovada em assembleia presencial realizada na noite desta terça-feira (21). Ela foi ratificada em votação virtual depois.

Segundo o sindicato, mais de 2.500 pessoas participaram da votação.

Catracas da estação Itaquera, durante greve no ano passado; categoria suspende nova paralisação - Adriano Visoni - 28.nov.23/Folhapress


A decisão pela recomendação da suspensão foi tomada após audiência de conciliação realizada na tarde desta terça (21) na Justiça do Trabalho.

A indicação de paralisação havia sido aprovada na semana passada e seria ratificada em assembleia realizada na noite desta terça, quando foi proposta a suspensão.

De acordo com Camila Lisboa, presidente do sindicato, o Metrô enviou uma carta à entidade nesta segunda-feira (20), informando que até o dia 5 fará propostas, entre outros, de melhoria no pagamento de programa de resultados.

Conforme a carta, cujo texto faz parte da ata da audiência na Justiça do Trabalho nesta quarta, estão previstos pagamentos de diferenças salariais, atenção a pais e/ou responsáveis por dependente identificado com TEA (transtorno de espectro autista), retorno do serviço de transporte (van) no estacionamento Pátio Belém e regularização da sede do sindicato.

"Os demais pontos da pauta de reivindicações serão analisados e respondidos no dia 05/06/2024", afirma trecho da texto juntado à ata da audiência.

Procurado para falar sobre a ameaça de greve, o Metrô não respondeu até a publicação desta reportagem.

Uma nova assembleia foi marcada para às 18h30 do dia 5 de junho para analisar as propostas.

A categoria reivindica aumento salarial e de benefícios, recontratação dos demitidos na última paralisação, no ano passado, e também a abertura de concursos públicos para novas admissões.

Os metroviários ainda protestam contra privatizações no transporte público estadual.

Na últimas sexta-feira (17), a Justiça do Trabalho da 2ª Região havia determinado que os trabalhadores do Metrô operassem, em caso de greve, com 100% do efetivo em horários de pico (das 6h às 9h e das 16h às 19h) e 50% nos demais períodos até o julgamento do caso.

A decisão da última sexta foi do desembargador Davi Furtado Meirelles, que atendeu parcialmente a pedido do Metrô. Entre outros pontos, a estatal pleiteava percentuais de 100% e 80% (para horários de pico e demais intervalos, respectivamente) e multa diária para a interrupção dos serviços.

O magistrado havia determinado ainda que fosse aplicada multa diária de R$ 100 mil tanto para o Sindicato dos Metroviários quanto para o Metrô, caso qualquer das partes criasse obstáculos ao acesso dos trabalhadores, vagões nas vias e nos pátios ou impedisse o livre trânsito dos vagões de transporte público nos trilhos metroviários.

Nesta terça, com a sinalização de o governo em negociar, afirmou Camila em assembleia, o magistrado sugeriu que a greve fosse suspensa. Uma nova assembleia está agendada para a próxima terça-feira (28).

"A proposta é manter estado de greve e suspender a greve de amanhã [quarta]", afirmou Lisboa. Em 5 de junho deve ocorrer nova assembleia.

Em outubro do ano passado, o metrô parou durante um dia em uma greve unificada com trabalharoes da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e da Sabesp (Companhia de Saneamento do Estado) contra privatizações.

Em 12 de outubro, uma outra paralisação, de aproximadamente três horas, interrompeu a circulação de trens do metrô, nove dias após a greve anterior.

A paralisação aconteceu, segundo o Sindicato dos Metroviários de São Paulo, porque os trabalhadores que operam os trens da linha 2-verde se recusaram a assumir as funções após o recebimento de advertências que consideram injustas.

No mês seguinte, o transporte sobre trilhos, com metrô e CPTM, voltou a parar, novamente em uma ação contra os planos de privatização do governo Tarcísio de Freitas.

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