Mortes: Atencioso e de boa conversa, era amado por onde passava
José Alberto Vieira Ribas teve a carreira voltada ao turismo no centro de São Paulo
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A atenção e a empatia necessárias no mundo do turismo marcaram a vida de José Alberto Vieira Ribas, tanto profissional quanto pessoalmente, o que o tornou uma figura conhecida na região central da capital paulista.
Nascido em Belém em 1949, sendo o quinto dos sete filhos da paraense Vanda Vieira Ribas e do polonês Jaime Ribas, que veio para o Brasil para trabalhar na Ford, José Alberto se mudou bem pequeno com a família para São Paulo, onde o pai abriu uma loja de variedades no centro.
Depois de trabalhar na loja do pai, ele teve passagens por uma fábrica de macarrão e uma seguradora automobilística, mas se encontrou na área do turismo, onde desenvolveu sua relação interpessoal e também aproveitou para viajar muito, o que amava fazer. Após passar por algumas empresas da área, o cunhado dele, José Grossman, abriu uma empresa de representação turística perto do cruzamento das avenidas São João e Ipiranga, a esquina mais famosa da cidade. Ali, José Alberto trabalhou por mais de 30 anos como gerente.
Se as viagens diminuíram, por causa de suas novas atribuições, ele passou a aproveitar o que São Paulo oferecia. Um dos seus pontos favoritos para encontrar os amigos era o bar PPP, próximo do seu trabalho, onde se tornou uma figura carimbada e fez novas amizades.
"Meu pai gostava muito de viajar e de conversar com as pessoas, ele era de fazer amizades muito fácil. Eu brincava que ele era muito dado. Era uma pessoa que todo mundo gostava de ter por perto", diz a filha única, Daniela Marcondes Vieira Ribas, 43.
Daniela foi a filha do primeiro casamento de José Alberto, com Nair, em 1973. Depois de se separarem, ele teve um relacionamento com Sônia. Nos anos 1990, casou-se novamente, com Regina, com quem ficou por 15 anos. Após nova separação, foi morar com Daniela, com quem estava nos últimos oito anos.
"Ele era meu mundo, meu melhor amigo. O melhor pai que eu poderia ter, a melhor pessoa que eu poderia escolher para passar todos os dias da minha vida nos últimos oito anos", conta Daniela, emocionada.
Diabético e hipertenso, José Alberto tomava medicamentos de uso contínuo e passou a sentir falta de ar após qualquer esforço. No começo de julho, reclamou bastante da condição e foi levado ao médico algumas vezes, mas nada de anormal foi detectado. A última médica, no entanto, percebeu que o coração dele estava muito grande, em razão do problema de pressão alta que ele tinha havia muitos anos.
Após alguns dias melhor, ele voltou a reclamar de muita falta de ar. Levado pela filha ao hospital, foi diagnosticada uma pneumonia. Com os batimentos cardíacos fracos, ele foi transferido para o Hospital Regional de Cotia.
José Alberto morreu na madrugada do dia 2 de agosto, aos 73 anos, após uma parada cardíaca. Ele deixa a filha, três irmãs e uma legião de amigos.
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