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Descrição de chapéu violência São Paulo

'Eu nem sabia que eram 56', diz Derrite sobre mortes na Operação Verão

Governo Tarcísio anunciou na segunda-feira (1º) o fim da ação no litoral, a segunda mais letal da PM paulista

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São Paulo

O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, afirmou nesta terça-feira (2) que não sabia o número de mortos na Operação Verão, encerrada na segunda (1º).

"Eu nem sabia que eram 56", afirmou o chefe da secretaria na gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos). "Infelizmente são 56, para mim o ideal é que não fosse nem uma."

A operação é a segunda mais letal da história da Polícia Militar paulista, atrás apenas do massacre do Carandiru, que deixou 111 mortos durante a invasão na Casa de Detenção em 1992.

A declaração de Derrite foi dada durante uma agenda com o prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), que deu início à operação delegada com agentes do Corpo de Bombeiros.

O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, durante apresentação na Alesp, em São Paulo - Marco A. Cardelino - 6.mar.2024/Alesp

O projeto segue o modelo de "bico oficial" de policiais que fazem patrulhamento na folga. No caso, os bombeiros vão trabalhar no Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e na poda de árvores.

Segundo Derrite, policiais estão sob risco por causa de negligência no combate ao crime organizado no Brasil e em São Paulo. "Chegou num ponto em que se entrar uma viatura policial em determinada comunidade na Baixada Santista o senhor vai sofrer disparo de arma de fogo. O que posso dizer que policiais são heróis da vida real."

Quando perguntado sobre as mortes, o chefe da SSP (Secretaria da Segurança Pública) também voltou a mencionar policiais mortos e feridos.

"O senhor mencionou 56, mas talvez tenha se esquecido de mencionar os policiais que faleceram cumprindo sua missão Perdemos os soldados Cosmo e Patrick Reis, o cabo Silveira, o sargento Guilherme, que perdeu um olho e ficou internado. Essa é a vida real, não o mundo utópico de 'olha, teve número xis de mortes'", disse o secretário.

A Operação Verão começou em dezembro e foi prorrogada para uma segunda fase em fevereiro, após a morte do soldado Samuel Wesley Cosmo. O anúncio do fim da ação foi feito dias depois da morte de Edneia Fernandes Silva, 31, mãe de seis filhos que estava estudando para ser enfermeira, baleada durante uma ação policial em Santos.

A escalada de mortes no litoral paulista resultou em uma série de críticas à atuação da polícia, entre as quais está uma queixa ao Conselho de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas) apresentada no mês passado pela Conectas Direitos Humanos e a Comissão Arns.

Ao ser questionado sobre o tema, na ocasião, o governador afirmou que não está "nem aí" para as denúncias de abusos cometidos durante a Operação Verão.

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