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Gestão Tarcísio encerra Operação Verão com 56 mortes pela PM

Governo afirma que ação dará lugar à ampliação de efetivo de 341 policiais que atuarão de forma permanente na Baixada Santista

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São Paulo

A gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) anunciou nesta segunda-feira (1º) o encerramento da Operação Verão. A incursão Polícia Militar na Baixada Santista teve início em dezembro, mas foi intensificada em fevereiro, após a morte do soldado Samuel Wesley Cosmo —desde então, acumula um saldo de 56 mortes.

Somada com a operação Escudo, que resultou em 36 vítimas no ano passado, as duas ações totalizaram mais de 80 mortes.

Base da operação Verão da Policia Militar estacionada perto da praia do Gonzaga, em Santos - Rubens Cavallari - 15.mar.2024/Folhapress

O anúncio foi feito pelo secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite. O encerramento da operação ocorre dias após a morte de Edneia Fernandes Silva, 31, mãe de seis filhos que estava estudando para ser enfermeira, baleada durante uma ação policial em Santos.

A escalada de mortes no litoral paulista resultou em uma série de críticas às atuação da polícia, entre as quais está uma queixa ao Conselho de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas) apresentada no mês passado pela Conectas Direitos Humanos e a Comissão Arns.

Ao ser questionado sobre o tema, na ocasião, o governador afirmou que não está "nem aí" para as denúncias de abusos cometidos durante a Operação Verão.

"Sinceramente, nós temos muita tranquilidade com o que está sendo feito. E aí o pessoal pode ir na ONU, pode ir na Liga da Justiça, no raio que o parta, que eu não tô nem aí", disse Tarcísio.

Em outra frente de contestação à atuação da polícia na Baixada, o Gaesp (Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial), do Ministério Público de São Paulo, abriu uma notícia fato para investigar denúncias de que os mortos na operação estão sendo levados como vivos para hospitais.

A Operação Verão é a segunda ação mais letal da história da polícia de São Paulo, atrás apenas do massacre do Carandiru, quando 111 homens foram mortos durante a invasão da Casa de Detenção, em 2 de outubro de 1992.

Em nota divulgada na noite desta segunda, a Secretaria da Segurança Pública afirmou que a estratégia adotada para "combater o crime organizado por meio da asfixia financeira do tráfico de drogas, agora dá lugar à ampliação de efetivo de 341 policiais que passam a atuar de maneira permanente nas cidades da região".

"A operação cumpriu os seus objetivos, seja capturar alvos identificados por um trabalho de inteligência conjunto entre as polícias como reduzir os índices criminais na Baixada Santista. Agora, com a ampliação do efetivo, podemos dar continuidade a esse combate, que será constante", afirmou o secretário Guilherme Derrite. .

Ainda segundo a nota divulgada pelo governo Tarcísio, desde dezembro, 1.025 infratores foram presos, sendo quase a metade (438) procurada pela Justiça, além de 47 menores apreendidos. "Ao todo, 56 criminosos entraram em confronto com as forças policiais e morreram", diz a nota da Secretaria.

"As Polícias Civil e Militar retiraram das ruas 2,6 toneladas de drogas e apreenderam 119 armas de fogo ilegais. Esse trabalho resultou na redução de roubos em 25,8% em Santos, São Vicente e Guarujá no primeiro bimestre do ano, quando comparado ao do ano anterior. Em toda a Baixada Santista, fevereiro de 2024 foi o mês com a menor taxa de roubos da série histórica, iniciada em 2001", afirmou a gestão Tarcísio.

A terceira fase da ação, iniciada em 7 de fevereiro, foi deflagrada depois da morte do soldado Cosmo, da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), foi atingido por um tiro no rosto durante uma operação no dia 2 daquele mês. As 56 mortes em confrontos policiais computadas oficialmente pelo governo ocorreram nessa terceira etapa agora encerrada.

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