Siga a folha

Descrição de chapéu Folhajus São Paulo

Ministério Público recorre de decisão que soltou Gil Rugai 20 anos após crime

Ex-seminarista condenado por morte de pai e madrasta em 2004 obteve progressão para o regime aberto na quarta (14)

Assinantes podem enviar 7 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

São Paulo

O Ministério Público de São Paulo apresentou recurso contra a decisão que concedeu ao ex-seminarista Gil Rugai progressão para o regime aberto.

Em 2013, ele foi condenado a 33 anos de prisão pela morte do pai e da madrasta, mas estava preso desde 2004, quando ocorreu o crime.

O recurso foi assinado pela promotora de Justiça Mary Ann Nardo na noite desta quinta-feira (15). Rugai fora solto um dia antes.

Gil Rugai em 2013, ao chegar ao Fórum da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo, para o segundo dia de seu julgamento - Folhapress

Em julho deste ano, o Ministério Público já havia se manifestado contrariamente à concessão do benefício ao réu, considerando a gravidade do crime cometido e o longo tempo de pena restante. À época, a promotora pediu uma avaliação psicológica de Rugai.

Conforme o relatório, ele apresenta fantasias que promovem a perda de controle sobre seus impulsos motores e são capazes de favorecer "reações mais intensas, podendo apresentar mudanças intempestivas de humor, labilidade dos sentimentos e agressividade com consideração precária das circunstâncias externas".

Entenda o caso

Gil Rugai foi responsável, segundo as investigações, pela morte do pai e da madrasta. O empresário Luiz Rugai e a mulher, Alessandra Troitino, foram assassinados a tiros em casa, no bairro de Perdizes (zona oeste de São Paulo), em 2004.

Exames realizados em uma marca de sapato deixada na porta da sala de vídeo —onde Luiz teria tentado se esconder— apontaram que quem arrombou a porta teria lesões nos pés.

O IC (Instituto de Criminalística) realizou então exames de ressonância magnética da planta dos pés de Gil Rugai, que apontaram tais ferimentos.

Antes do crime, as vítimas tiveram a preocupação de trocar as fechaduras da casa, onde Gil Rugai havia morado até dias antes das mortes. A polícia descobriu que a fechadura dos fundos da residência, porém, não havia sido trocada.

No dia do crime, nada foi roubado. Durante as buscas na casa, a polícia encontrou uma nota fiscal de compra de um coldre para pistola 380, mesmo calibre usado para matar o casal, munição e um certificado de conclusão de curso de tiro em nome de Gil Rugai.

Além das provas colhidas na casa, a polícia levantou a hipótese de o crime ter ligação com o afastamento do filho da empresa do pai, a Referência Filmes.

Gil Rugai estaria envolvido em um desfalque de cerca de R$ 100 mil na empresa e por isso teria sido demitido do departamento financeiro. A madrasta, segundo o gerente do banco onde a Referência Filmes tinha conta, proibiu que o enteado a movimentasse.

Uma pistola foi encontrada durante a limpeza da tubulação de esgoto de um prédio nos Jardins (zona oeste da capital), onde Gil Rugai tinha um escritório. Segundo os peritos, a arma foi usada para matar o casal.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas