Gaúcho, trocou a batina pelo jornalismo
Carlos Moraes morreu aos 78 anos em São Paulo
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Após anos dedicados à religião, Moraes decidiu trocar a batina pelo jornalismo. Havia sido preso durante o regime militar e buscava uma nova carreira. Mudou-se do Rio Grande do Sul, onde nasceu, para São Paulo na década de 1970, e foi até a hoje extinta revista Realidade oferecer uma reportagem: “Sou Padre e Quero Casar”.
“Na época, foi muito revolucionário. Era um texto autobiográfico e um estudo sobre a situação do clero naquela época”, conta o jornalista José Hamilton Ribeiro, editor da revista no período. Meses depois, publicou outra: “Sou Padre e Quero Desquitar”.
No jornalismo, Moraes trabalhou também como editor das revistas Psicologia Atual e Ícaro Brasil.
Dedicou-se também à literatura. As obras “A Vingança do Timão” (vencedora do prêmio Jabuti em 1981), “Agora Deus Vai Te Pegar Lá Fora” (sobre o período em que foi preso político) e “O Lobisanjo” foram algumas das principais.
Recentemente, concluiu um novo livro, “Em Busca do Primeiro Jesus”. “Ele dizia que Jesus havia se transformado em mercadoria, quase uma franquia”, conta Hamilton Ribeiro.
O humor e a erudição eram traços marcantes. No tempo livre, gostava de viajar para o Chile, onde os filhos e netos vivem, e Boiçucanga, praia no litoral de São Paulo onde tinha uma casa com vista para a mata atlântica.
Morreu no dia do aniversário de 78 anos, em decorrência de uma embolia pulmonar. Deixa dois filhos, três netos e a esposa.
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