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Escolas particulares querem ensino remoto como exceção em 2021

Apesar da permissão do Conselho Nacional de Educação, colégios defendem aulas presenciais

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São Paulo

Mesmo com a permissão de atividades remotas para a educação básica até o fim de 2021, escolas particulares de São Paulo avaliam que a continuidade das atividades letivas online só deve ocorrer pontualmente no próximo ano. No entanto, afirmam que o cenário ainda é incerto e depende do controle da pandemia.

Na semana passada, o CNE (Conselho Nacional de Educação) aprovou resolução que estendeu a permissão de atividades remotas para o ensino básico e superior, público e particular, até o fim do próximo ano. A definição da carga horária a distância, no entanto, terá que ser feita por cada rede de ensino ou instituição.

“A permissão nos traz tranquilidade para saber que podemos usar o formato online, que funcionou neste ano. Mas o nosso planejamento e expectativa é de que não seja necessário, queremos voltar ao presencial com o máximo de alunos possível”, diz Daniel Bresser, diretor do colégio Móbile, na zona sul de São Paulo.

Para os colégios, a autorização traz segurança jurídica para os pais que optarem por não enviar os filhos para as aulas presenciais. O planejamento atual das unidades é que, nestes casos, se mantenha uma combinação de modalidades, com o ensino remoto para quem não puder ou optar por não ir à escola.

“Não havendo a possibilidade de frequência presencial, seja por uma questão familiar ou pelas condições sanitárias na cidade, é importante que o ensino remoto esteja liberado. Ele funciona, mas a nossa defesa é pelo ensino presencial”, diz Bresser.

Mauro Aguiar, diretor do colégio Bandeirantes, na zona sul da capital, também avalia que a resolução é importante já que o cenário para o próximo ano ainda é incerto em relação à contenção da pandemia. Para ele, a medida permite que as escolas continuem se organizando com parte das atividades a distância para contemplar estudantes e professores do grupo de risco, que ainda não poderão frequentar as unidades.

“Como muito provavelmente ainda não haverá uma vacina até o início do próximo ano letivo, precisamos de um planejamento que contemple aqueles que não possam ou não queiram frequentar as atividades presenciais. A resolução nos assegura dessa possibilidade”.

Para Arthur Fonseca, diretor do colégio Uirapuru e ex-integrante dos conselhos nacional e estadual de São Paulo de educação, é importante que a rede de ensino paulista regulamente em quais casos e situações o ensino remoto pode ser utilizado no próximo ano para evitar prejuízos aos estudantes.

“É importante que haja regulação para evitar exageros dos dois lados: escolas que abusem do recurso remoto ou famílias que enviem os filhos para a aula quando quiserem. É preciso definir bem quais situações impossibilitam as atividades presenciais.”

Em seu colégio, em Sorocaba, Fonseca também pretende continuar com o formato remoto e presencial no início do ano letivo. “O ensino remoto garante a transmissão de conteúdo, mas a atividade presencial vai muito além disso. O projeto educacional de uma escola só é garantido com a presença diária dos alunos. Eu entendo que devemos continuar caminhando para o presencial”, diz.

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