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USP terá banca de identificação racial no próximo vestibular

Mudança para verificar autodeclaração ocorre para inibir fraude em cotas

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São Paulo

A USP (Universidade de São Paulo) aprovou a criação de uma comissão para conferir a autenticidade da autodeclaração racial dada pelos alunos que ingressam na universidade por meio do sistema de cotas. A medida passa a valer no vestibular deste ano.

A criação de uma banca de identificação, decidida na última quarta (22), era uma demanda dos estudantes negros da universidade, mas enfrentava resistência de gestões anteriores.

Praça do Relógio, na Cidade Universitária; USP terá banca de identificação racial no próximo vestibular - Adriano Vizoni - 26.mar.2021/Folhapress

Em fevereiro, logo após assumir a reitoria, o médico Carlos Gilberto Carlotti Junior disse à Folha que uma de suas primeiras ações à frente da universidade seria implantar um sistema de heteroidentificação racial.

A mudança ocorre depois de a universidade expulsar seis fraudadores em julho de 2021. A primeira expulsão da história da universidade após julgamento de fraude ocorrera um ano antes.

A USP implantou o sistema de cotas em 2018, sendo uma das últimas universidades do país a aderir à política. Também é uma das últimas a criar mecanismos para coibir fraudes na reserva de vagas.

Em outubro de 2019, as Defensorias Públicas do Estado de São Paulo e da União recomendaram que a USP criasse uma comissão e instrumentos para coibir fraudes. O ex-reitor Vahan Agopyan argumentava que a criação de uma banca poderia ser discriminatória.

Os critérios a serem usados pela comissão de verificação, assim como a composição da banca, ainda serão definidos. As regras serão definidas e apresentadas antes do início das inscrições para o próximo vestibular, que começam em 15 de agosto.

As novas regras valerão para a seleção de candidatos que concorrem a 8.230 vagas com reserva para autodeclarados pretos, pardos e indígenas pela Fuvest.

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