Japão anuncia a primeira morte de pessoa com o novo coronavírus covid-19
Exame foi feito após a morte de mulher de 80 anos, segundo o ministro da Saúde
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Uma mulher de 80 anos se tornou a primeira pessoa com o novo coronavírus a morrer no Japão, informou nesta quinta-feira (13) o ministro da Saúde. Ele alertou, porém, que não está claro se o vírus foi a causa direta da morte.
"A relação entre o novo coronavírus e a morte da pessoa ainda não está clara", afirmou Katsunobu Kato. "Mas esta é a primeira morte no país de uma pessoa que testou positivo para o covid-19".
"O resultado positivo do teste foi confirmado 'post mortem'", disse o ministro.
Kato informou que a vítima morava na região de Kanagawa (ao sul de Tóquio), desenvolveu os sintomas em 22 de janeiro e foi hospitalizada no dia 1 de fevereiro.
Ao mesmo tempo, o cruzeiro Diamond Princess está bloqueado no porto japonês de Yokohama e submetido a uma quarentena. Das 3.711 pessoas a bordo, 218 apresentaram resultado positivo para o novo coronavírus.
Até então, as únicas mortes fora da China continental tinham sido registradas nas Filipinas (1) e em Hong Kong (1).
O número de mortos e de pessoas contaminadas com o coronavírus covid-19 aumentou drasticamente nesta quinta-feira (13) na China depois que as autoridades mudaram o método de contagem, alimentando a preocupação no mundo de que a epidemia é muito pior.
A partir de agora o balanço incluirá todos os pacientes cuja radiografia pulmonar apresente sinais de pneumonia, sem esperar o exame de ácido nucleico, até então indispensável para confirmar o diagnóstico.
O teste é mais lento e complexo, o que atrasava o início do tratamento do paciente. A Comissão de Saúde de Hubei afirmou que o novo método permitirá que os pacientes recebam o tratamento "o mais rápido possível".
Kentaro Iwata, professor da Universidade de Kobe (Japão) e especialista em doenças infecciosas, considerou "compreensível" a mudança porque os hospitais estão saturados.
Para Yun Jiang, da Universidade Nacional da Austrália, a nova metodologia é uma "medida pragmática" ante a falta de testes de detecção.
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