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Paulistanos vão para praia em ritmo semelhante ao do pré-quarentena

Viagens até diminuíram logo após início da quarentena, mas voltaram a subir

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São Paulo

Os paulistanos até chegaram a dar uma pausa nas viagens ao litoral no início da quarentena, mas logo retomaram o ritmo de descida às praias no fim de semana, indica a movimentação de aparelhos móveis no estado.

Nas duas semanas anteriores ao decreto de isolamento social em São Paulo (de 24 de março), a proporção de celulares de moradores da capital no litoral paulista aumentava 30% nos fins de semana, em relação a um dia útil.

Nas duas primeiras semanas de quarentena, esse número chegou perto de 0, mas voltou a crescer nos fins de semana das últimas cinco semanas analisadas. Neste período, a proporção de celulares de paulistanos na costa aumentou 23% aos fins de semana (ou seja, próximo dos 30% do pré-quarentena).

Nos dias 11 e 12 de abril, 7% dos celulares no litoral pertenciam a moradores da capital paulista, a maior proporção do período analisado. A amostra avaliada possui 4,2 milhões de celulares (que passaram a maior parte dos dias na capital).

Prefeitos do litoral têm reclamado dessas viagens, por medo de que pessoas da capital contaminadas ajudem a espalhar a Covid-19 na região. A cidade de São Paulo foi o primeiro epicentro da doença no Brasil, que agora atinge ao menos 3 de cada 5 municípios no país.

No último dia 21, a prefeitura de Guarujá informou que havia barrado a entrada de 337 veículos na cidade, que não tinham placas do município ou não se enquadravam como veículo essencial para o abastecimento local, de alimentos ou combustível, ou nos quais o motorista ou passageiro não apresentaram comprovante de residência.

Os dados de movimentação dos celulares indicam que o ritmo de paulistanos no litoral está próximo ao período anterior à quarentena nas regiões da Baixada Santista e litoral norte.

No litoral sul (Cananeia, Iguape e Ilha Comprida), houve drástica queda nas visitas dos moradores da capital.

Diferentemente das praias, as viagens para o interior não estão no ritmo pré-quarentena.

Os dados analisados pela Folha foram fornecidos pelo Covid Radar, coletivo de 40 empresas e instituições que compartilham informações para enfrentar a pandemia.

A plataforma conta com representantes de instituições como Serasa Experian, Amazon e USP, que contribuem de diferentes formas na iniciativa.​

A reportagem não tem acesso a informações pessoais dos portadores dos aparelhos. Foi analisado apenas em que distritos eles estavam em diferentes períodos.

Foram considerados como aparelhos pertencentes a paulistanos aqueles que passaram ao menos 51% do tempo na capital.

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