Brasil registra mais de mil mortes por Covid e mais de 60 mil casos em 24 horas
País já passa de 204 mil óbitos pela doença e se aproxima de 8,2 milhões de casos, mostra consórcio de imprensa
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O Brasil registrou 1.109 mortes pela Covid-19 e 61.660 casos da doença, nesta terça-feira (12). Com isso, o país chegou a 204.726 óbitos e a 8.195.493 pessoas infectadas pelo novo coronavírus desde o início da pandemia.
Os dados do país são fruto de colaboração inédita entre Folha, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são coletadas diretamente com as Secretarias de Saúde estaduais.
Além dos dados diários, a Folha também mostra a chamada média móvel. O recurso estatístico busca dar uma visão melhor da evolução da doença, pois atenua números isolados que fujam do padrão. A média móvel é calculada somando o resultado dos últimos sete dias, dividindo por sete.
De acordo com os dados coletados até as 20h, a média de mortes nos últimos sete dias é de 993. O valor da média representa um aumento de 57% em relação ao dado de 14 dias atrás.
Quase todas as regiões do país apresentam aumento da média móvel de mortes em relação ao dado de 14 dias atrás. Somente o Centro-Oeste (com crescimento de 2%) se encontra em situação de estabilidade.
Amapá, Amazonas, Ceará, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, São Paulo, Sergipe e Tocantins apresentam aumento da média móvel de mortes.
Acre, Alagoas, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba e Santa Catarina estão com média móve de mortes em estabilidade, o que não significa uma situação de tranquilidade.
Somente o Rio Grande do Norte apresenta queda na média móvel de mortes.
O Brasil tem uma taxa de 97,7 mortos por 100 mil habitantes. Os Estados Unidos, que têm o maior número absoluto de mortos (379.551), e o Reino Unido (83.342), ambos à frente do Brasil na pandemia (ou seja, começaram a sofrer com o problema antes), têm 116,2 e 125,4 mortos para cada 100 mil habitantes, respectivamente.
O Brasil havia ultrapassado a taxa da Itália de mortes por 100 mil habitantes (132,1), país com 79.819 óbitos pela doença. Contudo, com a segunda onda que assola a Europa, a Itália voltou a passar o Brasil.
O México, que ultrapassou o Reino Unido em número de mortos e já contabiliza 134.368 óbitos, tem 106,5 mortes para cada 100 mil habitantes.
Na América do Sul, chama a atenção também o número de mortos por 100 mil habitantes do Peru: 119,8. O país tem 38.335 óbitos pela Covid-19.
A Índia é o terceiro país, atrás apenas de EUA e Brasil, com maior número de mortes pela Covid-19, com 151.327 óbitos. Lá, devido ao tamanho da população, a taxa proporcional é de 11,2 óbitos por 100 mil habitantes.
Na Argentina, onde a pandemia desembarcou nove dias mais tarde que no Brasil e que seguiu uma quarentena rígida de início, o índice é de 100,4 mortes por 100 mil habitantes (44.654 óbitos).
A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorre em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (sem partido), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.
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