Siga a folha

Descrição de chapéu Copa do Mundo

Diplomacia da bola recebe pedidos por treinadores

Envio de técnicos brasileiros para outros países é trunfo para relações internacionais

Assinantes podem enviar 5 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Álvaro Fagundes Daniel E. de Castro
São Paulo

​O governo brasileiro já usou a chamada diplomacia da bola, por exemplo o envio de técnicos para outros países, como um trunfo nas relações externas.

"A maioria dos profissionais do esporte faz muito sucesso no exterior e ajuda a projetar uma imagem positiva do Brasil, aumentando nosso 'softpower'", afirma Vera Cíntia Álvarez, embaixadora responsável pela cooperação esportiva.

Essa estratégia diplomática é adotada pelo menos desde 1967, quando Carlos Alberto Parreira, na época com 24 anos, foi convidado a treinar a seleção de Gana após o Itamaraty ter recebido do país africano pedido por um treinador do Brasil.

O técnico René Simões conversa com jogadores da seleção jamaicana antes de jogo contra a Croácia, na Copa de 1998 - Juca Varella/Folhapress

O mesmo aconteceu com René Simões nos anos 1990.

De acordo com ele, os jamaicanos aproveitaram que o Brasil oferecia em 1994 diversos programas de cooperação técnica a países do Caribe, como na agricultura, e correram para buscar ajuda no futebol.

René, que já havia estado no país em 1989 com a seleção brasileira sub-20, diz ter sido convencido pela diplomacia da bola. Segundo ele, o Itamaraty se comprometeu a pagar três meses do seu salário.

O Ministério das Relações Exteriores diz que a agência de cooperação é proibida por lei de pagar salários nesses casos. "Ele recebeu diárias e ajuda de custo como cooperante por 90 dias", declarou a pasta.

Álvarez afirma que o Itamaraty ainda recebe pedidos por treinadores e que atualmente há conversas com as Ilhas Salomão. A contratação, porém, ocorre na esfera privada, restando ao governo dar orientações a esses profissionais.

"Queremos ajudar, mas não podemos pagar coisas que não são pagáveis e meter um brasileiro numa roubada, sem que haja certeza de que ele estará com um bom salário", diz.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas