Siga a folha

Descrição de chapéu Copa do Mundo

Dirigente palestino pede que torcedores queimem camisas de Messi

Seleção argentina fará amistoso contra Israel, em Jerusalém, na noite de sábado (9)

Conteúdo restrito a assinantes e cadastrados Você atingiu o limite de
por mês.

Tenha acesso ilimitado: Assine ou Já é assinante? Faça login

Ramallah (Cisjordânia) | Reuters

O presidente da Associação Palestina de Futebol disse que os torcedores palestinos deveriam queimar fotos e camisas do atacante argentino Lionel Messi se ele entrar em campo no amistoso da seleção da Argentina contra Israel, em Jerusalém, no próximo fim de semana.

A Argentina jogará no estádio Teddy Kollek, em Jerusalém, na noite de sábado (9), em uma partida de aquecimento para a Copa do Mundo e que despertou um grande interesse dos torcedores israelenses, sobretudo devido a participação prevista de Messi.

Mas os palestinos não estão contentes que a partida tenha sido marcada para Jerusalém. Na semana passada, o chefe da Associação Palestina de Futebol, Jibril Rajoub, escreveu para Claudio Tapia, chefe da Associação Argentina de Futebol, acusando Israel de usar o jogo como uma “ferramenta política”.

O estádio que sediará o confronto se localiza em Jerusalém Oriental, área que os palestinos querem como capital de um futuro Estado, que incluiria a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, ocupada por Israel.

A condição da cidade é um tema altamente sensível. Inicialmente a partida estava marcada para Haifa, mas israelenses contribuíram com fundos para transferi-la à Jerusalém, irritando os palestinos ainda mais na esteira da decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel. No mês passado a embaixada dos EUA foi transferida para Jerusalém.

“O governo israelense transformou uma partida esportiva de rotina em uma ferramenta política. Como foi amplamente noticiado na mídia argentina, agora a partida está sendo disputada para comemorar o 70º aniversário do Estado de Israel”, disse Rajoub na carta.

Lionel Messi durante treinamento com a seleção argentina, em Barcelona, no último sábado (2) - REUTERS

No domingo (3), Rajoub declarou uma campanha contra a Argentina e particularmente contra Messi, ressaltando que ele tem milhões de fãs no mundo árabe e islâmico, na Ásia e na África.

“Ele é um grande símbolo, então vamos mirá-lo pessoalmente e pedimos a todos para queimar suas fotos e suas camisas e abandoná-lo. Ainda esperamos que Messi não venha”, disse ele para repórteres após deixar a representação argentina na cidade de Ramallah, na Cisjordânia.

Um pequeno grupo de jovens fez um protesto do lado de fora da representação argentina e tentou atear fogo a uma bandeira da Argentina.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas